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Niquelândia retorna ao circuito das Cavalhadas após 30 anos

Última atualização 26/09/2024 | 08:36

As tradicionais Cavalhadas de Niquelândia voltarão a ser realizadas neste sábado, 28, após um intervalo de 30 anos. O evento, uma realização da Prefeitura Municipal, com o apoio do Governo de Goiás por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), começará às 16 horas no Estádio Ary Valadão. Niquelândia, localizada a cerca de 300 quilômetros da capital, no Norte Goiano, preparou uma programação especial para a retomada da festividade.
 
Os preparativos para as Cavalhadas começaram no início do ano, com ensaios e troca de experiências com cavaleiros de outras regiões. Em articulação com municípios parceiros, Niquelândia preparou ações de educação patrimonial e retomada de práticas comunitárias, além da encenação das batalhas entre mouros e cristãos.
 
Para a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, o ingresso de Niquelândia no Circuito das Cavalhadas reforça o compromisso do Governo de Goiás com a cultura e a história do povo goiano. “Este é um momento de celebração e renovação das nossas tradições. As Cavalhadas de Niquelândia resgatam mais um capítulo da nossa cultura e também fortalecem os laços comunitários e atraem turistas. É uma vitória para todos que amam e valorizam nossa herança cultural”, comemora.
 
Em 2024, 15 cidades participam do Circuito das Cavalhadas. O Governo de Goiás investiu R$ 4,4 milhões na iniciativa, incentivando, com segurança e estrutura adequadas, um dos mais belos espetáculos a céu aberto do País.
 
As Cavalhadas são uma representação tradicional das batalhas medievais entre cristãos (vestidos de azul) e mouros (trajados de vermelho). A manifestação é inspirada no livro “Carlos Magno e Os Doze Pares da França”, que narra a luta do guerreiro cristão contra os sarracenos, de religião islâmica. No Brasil, há registro da encenação desde o século XVII, geralmente durante as festas do Divino nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Em Goiás, as Cavalhadas são realizadas há mais de 200 anos, unindo religiosidade e cultura. As festividades contribuem para a valorização do patrimônio imaterial do estado, com o fortalecimento do fluxo turístico e econômico das cidades.