Rede social X solicita desbloqueio no Brasil após cumprimento de exigências do STF

A plataforma de rede social X, conhecida como Twitter, formalizou nesta quinta-feira, 26, um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para retomar suas atividades no Brasil. A empresa, de propriedade de Elon Musk, alega ter cumprido todas as exigências que levaram à suspensão de seu funcionamento no país, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no final de agosto.
 
A decisão de suspensão foi tomada devido ao não cumprimento de ordens judiciais que exigiam a retirada de conteúdos e contas específicas, além da falta de um representante legal no Brasil. No entanto, a defesa do X apresentou documentos que comprovam o cumprimento dessas exigências, incluindo a nomeação de Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição como representante legal da empresa.
 
Além disso, a empresa bloqueou nove contas de usuários investigados por crimes e pagou R$ 18,3 milhões em multas por descumprimento das ordens judiciais. Certidões da Receita Federal e do Banco Central também foram incluídas para comprovar a regularidade cadastral da plataforma.
 
O pedido será analisado por Moraes, que poderá decidir sobre o desbloqueio nas próximas horas, mas não há um prazo definido para a decisão. Durante esse processo, a Polícia Federal investiga usuários que supostamente burlaram o bloqueio utilizando redes virtuais privadas (VPNs), focando na identificação de conteúdos que promovam discursos de ódio ou desinformação, especialmente em relação a temas eleitorais.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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