STF mantém bloqueio de perfis de Monark

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido protagonista em várias decisões recentes envolvendo a moderação de conteúdo nas redes sociais, especialmente no caso do influenciador Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark. As ações judiciais contra Monark têm gerado grande debate e atenção pública. Aqui, vamos explorar as principais questões e respostas sobre esse caso.
 
As razões para o bloqueio dos perfis de Monark estão intimamente ligadas às investigações sobre atos antidemocráticos e a disseminação de notícias falsas. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o bloqueio imediato de novos canais, perfis e contas utilizados por Monark após a detecção de publicações que difundiam notícias falsas sobre a atuação do STF e a integridade das instituições eleitorais.
 
O bloqueio determinado pelo ministro Alexandre de Moraes abrange várias plataformas de redes sociais e streaming. As empresas afetadas incluem Discord, Meta Inc, Rumble, Telegram, Twitter (agora X), Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, e até mesmo plataformas de streaming de áudio como Deezer e Spotify.
 
As redes sociais X e Discord apresentaram recursos contra a decisão que derrubou os perfis de Monark, mas esses recursos foram rejeitados pela Primeira Turma do STF. O ministro Alexandre de Moraes argumentou que as redes sociais não podem recorrer das medidas determinadas contra o influenciador por razões processuais.
 
As consequências para Monark incluem a interrupção imediata de suas atividades nas redes sociais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. Além disso, as contas bancárias de Monark foram bloqueadas. Para as plataformas, há a obrigação de suspender os perfis imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Elas também devem fornecer dados cadastrais e preservar o conteúdo das postagens.
 
O futuro do caso de Monark envolve a continuação das investigações e a possibilidade de novas medidas judiciais. A Polícia Federal (PF) está concluindo laudos periciais sobre as informações coletadas nas contas de Monark, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu apurações complementares relacionadas às postagens supostamente irregulares feitas pelo influenciador. O julgamento virtual da Primeira Turma do STF reforçou a decisão de manter o bloqueio, indicando que o caso continuará a ser monitorado e eventualmente pode resultar em novas ações judiciais.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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