Delegada atira em suspeito de estupro para proteger vítima, em Anápolis

Na tarde de sexta-feira, 27, um incidente grave ocorreu na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Anápolis, um município a cerca de 55 km da capital goiana. A delegada titular, Aline Lopes, precisou atirar contra um homem suspeito de estuprar a própria filha para contê-lo e proteger uma testemunha.

O caso começou quando a denúncia de abuso sexual estava sendo registrada na unidade policial pelo Conselho Tutelar. A vítima, uma adolescente de 14 anos, a mãe dela e uma testemunha estavam presentes. O suspeito tentou impedir que a testemunha pegasse documentos para registrar a denúncia contra ele, e em um momento de tensão, ele tentou arrastar a vítima do local à força.

Devido à ausência de um policial, a delegada Aline Lopes entrou em conflito com o homem. Ela conseguiu retirar a garota dos braços do pai e encaminhá-la para outra sala. Posteriormente, ao acompanhar a testemunha que denunciava o caso até o carro para pegar documentos, a delegada se deparou com o homem na praça em frente à delegacia. O homem, apesar de alertas, continuou se aproximando da testemunha, o que levou a delegada a efetuar um disparo na região da perna dele para evitar qualquer agressão.

A delegada explicou que a ação foi de legítima defesa, visando impedir que a agressão continuasse e cessasse. O homem foi autuado em flagrante por coação no curso do processo, uma vez que sua intenção era impedir que a filha o denunciasse e passasse por exames. Ele foi encaminhado para o hospital, onde está sendo custodiado, e após ter alta, será preso pelo crime de estupro de vulnerável.

Sobre o caso de estupro, a investigadora relata que ainda não tem detalhes sobre a situação. No entanto, sabe-se que a mãe e a adolescente têm problemas mentais e que a menina teria relatado para uma vizinha o que o pai fazia com ela.

A polícia vai apurar o caso e o que motivou o homem a querer impedir que a polícia apurasse o caso.

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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