Lei Seca nas Eleições: estados brasileiros proíbem venda de bebidas alcoólicas

No próximo domingo, 6, pelo menos nove estados brasileiros implementarão a Lei Seca, proibindo a venda de bebidas alcoólicas durante as eleições municipais. Essa medida visa reduzir os riscos de desordem que possam prejudicar o processo eleitoral.
 
Em seis estados – Acre, Amapá, Pará, Piauí, Maranhão e Alagoas – a proibição será válida em todo o território estadual. Em outros três estados – Tocantins, Mato Grosso e Goiás – a restrição será aplicada em zonas eleitorais específicas. No Tocantins, por exemplo, quatro zonas eleitorais serão afetadas, enquanto em Mato Grosso, três zonas seguirão a Lei Seca. Em Goiás, embora o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não tenha especificado as zonas, pelo menos uma delas anunciou a adesão à proibição.
 
A decisão de implementar a Lei Seca é tomada localmente pelas autoridades de segurança pública e eleitorais. Nos estados do Piauí, Maranhão e Alagoas, as secretarias de Segurança foram responsáveis por essa decisão. No Acre, os juízes eleitorais de primeira instância expediram portarias para decretar a Lei Seca em suas respectivas áreas. Já no Pará, as regras serão definidas em comum acordo entre os juízes eleitorais e a Polícia Civil dos municípios, considerando as especificidades de cada localidade.
 
A Lei Seca é uma medida importante para garantir a ordem e a segurança nos dias que antecedem e no próprio dia das eleições. O TRE do Amapá, por exemplo, informou que os juízes cumprirão rigorosamente a Portaria da Lei Seca para assegurar a tranquilidade do processo eleitoral.
 
Além disso, é importante notar que alguns estados decidiram não adotar a Lei Seca. Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina estão entre os que não implementarão essa restrição. No Paraná e Pernambuco, a decisão caberia às secretarias de Segurança, mas nenhuma notificação foi recebida até o momento. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) se posicionou contra a Lei Seca, argumentando que ela afeta negativamente os estabelecimentos comerciais.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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