Justiça eleitoral vai investigar coligação de George Morais por fake news

A Coligação Rumo à Vitória, liderada pelo candidato a prefeito de Trindade, George Morais (PDT), será investigada por propaganda irregular com veiculação de fake News (informações falsas) na campanha. A denúncia foi registrada na 49ª Zona Eleitoral de Trindade, pela Coligação Trindade no Caminho Certo (União Brasil, MDB, PP, NOVO, PODEMOS, PSD, PRD, PSB, DC e Solidariedade.

A acusação destaca a distribuição de 2.000 exemplares de um panfleto que afirma, de forma inverídica, que o prefeito e candidato à reeleição Marden (União Brasil) e sua esposa teriam desviado recursos da Associação Filhos do Pai Eterno (AFIPE), com o objetivo de prejudicar a imagem do candidato nas eleições. O boletim confirma que o material apreendido estava ligado à campanha da Coligação Rumo à Vitória.

“A polícia já está buscando os responsáveis e acionamos a Justiça. Mas isto só comprova que a campanha deles acabou. Foi para a lama. É o ato final de desespero”, declarou Marden. “São calúnias e mentiras de quem acha que fazer política é só mentir e caluniar. De um condenado pela justiça que só sabe trabalhar na tese do quanto pior, melhor”, acrescentou.

A Polícia Militar de Goiás foi acionada para investigar a denúncia sobre a distribuição desses materiais. De acordo com o Boletim de Ocorrência nº 38137131, registrado nesta sexta-feira (4/10), um veículo Fiat Strada de cor prata foi flagrado no Setor Palmares nesta madrugada, transportando o material. Os ocupantes fugiram antes de serem abordados pela PM.

Diante da gravidade da situação, a representação eleitoral pede à Justiça Eleitoral a suspensão imediata da distribuição dos panfletos e a busca e apreensão do material nos endereços envolvidos. Além da aplicação de uma multa no valor de R$ 30 mil por infringir as normas eleitorais. A Justiça Eleitoral deverá avaliar as provas e determinar as penalidades cabíveis.

“Eles não entenderam que os tempos são outros. As eleitoras e os eleitores de bem não aceitam mais esse tipo de campanha suja. Hoje é muito fácil ver quem é o corrupto condenado pela justiça: basta pesquisar no Google”, disse Marden. “Vamos vencer essa eleição porque fazemos uma campanha do bem e temos um projeto de gestão. Temos, sobretudo, respeito pela nossa gente querida de Trindade”, enfatizou.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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