Furacão Milton: Parques da Disney são fechados e alertas de segurança são disparados

O furacão Milton, classificado como uma tempestade de categoria 5, está prestes a tocar solo na Flórida, causando alarme generalizado e medidas drásticas de segurança. A Disney, uma das principais atrações turísticas da região, anunciou o fechamento de seus parques temáticos e outras instalações como medida preventiva.

O furacão Milton se intensificou “explosivamente” em poucas horas, passando de uma tormenta tropical a um furacão de categoria 5, a máxima na escala de intensidade de furacões, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).

Formado no Golfo do México, o Milton surpreendeu meteorologistas com seu rápido crescimento, saltando da categoria 2 para a 5 em apenas quatro horas. Embora tenha perdido um pouco da força e descido para a categoria 4, o furacão ainda mantém um “alto potencial destrutivo”.

A Disney anunciou o fechamento de seus parques temáticos em Orlando, na Flórida, a partir da quarta-feira, 9, devido à passagem do furacão. Os parques Magic Kingdom, Epcot e Disney Springs fecharão às 15h (horário de Brasília), enquanto os parques Hollywood Studios e Animal Kingdom fecharão às 14h (horário de Brasília). Além disso, o Disney Springs pode abrir de forma limitada na tarde de quinta-feira, 10, mas os outros parques provavelmente permanecerão fechados.

Após a passagem do furacão Milton, é esperado que os parques da Disney e outras instalações permaneçam fechados até que as condições sejam consideradas seguras. O transporte do Walt Disney World também será afetado, com serviços limitados de Minnie Van e táxis Mears disponíveis para os hóspedes. Além disso, experiências pré-pagas serão automaticamente reembolsadas dentro de 7 a 10 dias úteis.

Preparo na Flórida

As autoridades da Flórida estão preparando a maior evacuação no estado nos últimos oito anos, desde o furacão Irma em 2017. Ordens de evacuação foram emitidas para moradores de seis condados ao redor da Baía de Tampa, que abriga quase 4 milhões de pessoas. O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou estado de emergência em toda a Flórida e cancelou uma viagem à Ásia para acompanhar a situação.

Famílias na Flórida estão se preparando intensivamente para a passagem do furacão Milton. Elas estão estocando comida e água, instalando painéis de aço nas janelas (hurricane shutters) e retirando todos os itens da área externa das casas. Além disso, muitas pessoas estão sacando dinheiro e conferindo pilhas para rádio, preparando-se para a possibilidade de falta de luz e comunicação.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp