Furacão Milton atingi costa da Flórida com ventos de até 193 km/h

O furacão Milton, classificado como um dos mais destrutivos em mais de 100 anos, fez sua entrada na costa da Flórida como uma tempestade de categoria 3, trazendo consigo ventos que alcançaram velocidades de até 193 km/h. A tempestade, que se desenvolveu no Golfo do México, deixou um rastro de destruição e caos em sua passagem, especialmente em uma região ainda se recuperando dos danos causados pelo furacão Helene há apenas duas semanas.

O ciclone transformou em um grande furacão com ventos máximos sustentados de 193 km/h sobre o sul do Golfo do México. Inicialmente classificado como um furacão de categoria 4, com ventos de 211 a 249 km/h, ele foi rebaixado para categoria 3 ao atingir a costa da Flórida, mas ainda é considerado “extremamente perigoso” pelo Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.

A tempestade trouxe chuvas intensas, com até 25 cm em algumas áreas e pontos específicos de até 38 cm, causando grandes estragos e inundações repentinas em áreas urbanas. Além disso, provocou ventos fortes e um aumento no nível de água de até 1,5 metro na península mexicana de Yucatán. A região de St. Petersburg-Tampa Bay foi particularmente afetada, com doze pessoas mortas durante a passagem de Helene e extensos danos causados por inundações.

Medidas protetivas

Diante da ameaça do furacão Milton, o governador da Flórida, Ron DeSantis, expandiu a declaração de estado de emergência para 51 dos 67 condados do estado. Foram emitidas ordens de retirada obrigatórias para áreas mais suscetíveis aos impactos do furacão, afetando uma população combinada de mais de seis milhões de pessoas.

Além disso, mais de 350 ambulâncias e 30 veículos de transporte especial foram mobilizados, e cerca de 8 mil membros da Guarda Nacional foram preparados para ação. O estado também abriu 17 abrigos para pessoas com deficiências ou condições médicas e disponibilizou locais adicionais perto de rodovias interestaduais para acomodar milhares de pessoas.

As comunidades afetadas pelo furacão Milton enfrentarão um longo processo de recuperação. Especialistas da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA) alertaram que Milton poderá mudar para sempre as comunidades que ainda estão se recuperando do furacão Helene.

O governo está preparando recursos para salvar vidas e ajudar nas operações de busca e salvamento, com 34 aeronaves prontas para ação. Além disso, o estado está distribuindo geradores, alimentos, água e tendas por todo o estado para auxiliar os afetados.

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Parlamento da Coreia do Sul derruba lei marcial após declaração de estado de exceção pelo presidente

O Parlamento da Coreia do Sul suspendeu nesta terça-feira, 3, a lei marcial decretada pelo presidente Yoon Suk Yeol, uma medida que gerou uma crise política e protestos intensos em Seul. A decisão do presidente, anunciada em rede nacional, foi justificada como uma forma de combater supostas ameaças comunistas vindas da Coreia do Norte e eliminar “elementos antiestado”.

A medida, no entanto, foi amplamente criticada por políticos de oposição e até mesmo por membros do partido governista. O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-sik, convocou uma reunião de emergência para votar a suspensão da lei marcial. A resolução foi aprovada por unanimidade, com 190 parlamentares presentes.

A declaração de lei marcial havia permitido que militares assumissem funções normalmente desempenhadas por autoridades civis. Médicos em greve foram obrigados a voltar ao trabalho em 48 horas, sob ameaça de prisão sem mandado, enquanto a imprensa e editoras ficaram sujeitas a controle militar.

Horas antes da votação parlamentar, forças de segurança bloquearam o acesso ao edifício do Parlamento, com helicópteros militares sobrevoando a área e soldados armados restringindo a entrada. Manifestantes contrários à decisão do presidente se reuniram em frente à Assembleia Nacional, resultando em confrontos com a polícia. Alguns manifestantes chegaram a deitar sob veículos militares para impedir seu avanço.

A crise política também foi exacerbada por tensões internas no governo. Lideranças do oposicionista Partido Democrático e do governista Partido do Poder Popular se uniram contra a decisão de Yoon. O presidente enfrenta dificuldades para aprovar projetos no Parlamento e perdeu apoio político nos últimos meses.

A última vez que a Coreia do Sul viveu sob lei marcial foi em 1979, após o assassinato do então ditador Park Chung Hee. Observadores apontam que o episódio atual reflete um momento delicado na democracia sul-coreana, com a necessidade de diálogo político e respeito às instituições para evitar retrocessos.

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