Última atualização 14/10/2024 | 11:47
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) orienta os produtores goianos sobre a importância de realizar a destruição da tiguera do milho, uma prática crucial para prevenir enfezamentos causados pela cigarrinha do milho. A tiguera, ou milho voluntário, é considerada uma “ponte verde” para a proliferação de pragas e doenças, como os enfezamentos pálido e vermelho.
Esses enfezamentos, causados por bactérias como o espiroplasma (Spiroplasma kunkelli) e o fitoplasma (Maize bushy stunt phytoplasma), resultam em grandes prejuízos e redução de produtividade na cultura do milho. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os enfezamentos do milho têm se destacado entre as doenças mais preocupantes para a cultura nas últimas safras, com perdas severas em diversas regiões do país.
As plantas com enfezamento apresentam redução de crescimento e desenvolvimento, entrenós curtos, proliferação de pragas, malformação de espigas, espigas improdutivas e enfraquecimento dos colmos, favorecendo infecções por fungos que resultam em tombamento. “Se a infecção ocorre nos primeiros estágios da planta, ela não se desenvolve, por isso chamamos de enfezamento. O resultado é queda na produção e na produtividade”, esclarece a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio.
A necessidade de alertar o produtor rural para adotar medidas fitossanitárias é crucial para prevenir e controlar o milho tiguera no campo e, por consequência, a possibilidade de proliferação da cigarrinha do milho e dos enfezamentos. O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, alerta que a agência e outras entidades do setor produtivo rural têm buscado sempre alertar o agricultor goiano sobre as medidas que devem ser adotadas em campo para garantir a sanidade vegetal e evitar danos às culturas.
“No caso da tiguera do milho, essas plantas voluntárias que nascem no campo podem se tornar hospedeiras para a cigarrinha, inseto vetor de patógenos que causam relevantes prejuízos para a cultura” alerta o presidente da agência. “É por esse motivo que a Agrodefesa e parceiros têm alinhado estratégias que possam ser adotadas para, além de orientar o produtor, prevenir possíveis danos à cultura do milho e prejuízos econômicos para o agricultor e para o estado de Goiás”, defende.