Família Menendez critica série da Netflix: Inverdades e falsidades

A recente série da Netflix, “Monstros: Irmãos Menendez”, tem gerado intensas críticas por parte da família dos irmãos Lyle e Erik Menendez. A série, que retrata os assassinatos dos pais dos irmãos e os subsequentes julgamentos, foi descrita como um “festival de inverdades e falsidades” pela família.
A família Menendez se pronunciou veementemente contra a série, classificando-a como uma “fobia grosseira e anacrônica” repleta de “inverdades e falsidades”. Em uma declaração divulgada por Tammi Menendez, esposa de Erik, a família expressou seu repúdio à produção, destacando que a série ignora revelações recentes que poderiam aliviar a culpa dos irmãos, optando por retratá-los de forma prejudicial.
A família se sente ofendida porque a série perpetua mitos que já foram desmentidos ao longo dos anos, em vez de abordar os novos fatos que poderiam mudar a percepção pública sobre o caso. Além disso, a inclusão de uma teoria de relacionamento incestuoso entre os irmãos, sugerida pelo jornalista Dominick Dunne nos anos 1990, é vista como um “assassinato de caráter” e uma narrativa “ficcional”.
Ryan Murphy, criador da série, respondeu às críticas dizendo que a produção trata com cuidado as alegações de abuso que os irmãos afirmaram sofrer. Segundo Murphy, a série dedica 60 a 65% de seu conteúdo para retratar essas alegações, oferecendo aos irmãos um espaço significativo para exporem suas narrativas.
 
A série tem gerado polêmica, com muitos acreditando que a abordagem ultrapassa os limites da realidade e da ética. A família Menendez reforça seu apoio incondicional a Lyle e Erik, destacando o desejo urgente de vê-los livres após 35 anos de prisão. A controvérsia levanta questões sobre as pressões sociais e a representação dos fatos em produções baseadas em histórias reais.
 
Enquanto a série continua a gerar debates, a sociedade precisa avaliar criticamente as influências subjacentes e os impactos a longo prazo dessa representação. A família Menendez continua a lutar por justiça e pela liberdade dos irmãos, enquanto a produção da série defende sua abordagem como uma forma de dar voz às vítimas de abuso.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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