Daniel Vilela visita Unimil e reforça compromissos com forças militares

A entidade entregou uma carta de compromissos ao governadoriável, que vai submetê-la ao grupo responsável pelas propostas para a área de segurança a serem apresentadas no plano de governo.

Em reunião na União dos Militares do Estado de Goiás (Unimil) o pré-candidato ao governo pelo MDB, deputado federal Daniel Vilela, reforçou o compromisso de igualar os salários dos policiais que hoje recebem apenas R$ 1,5 mil. A proposta de reajustar os vencimentos para aproximadamente R$ 4 mil, que abrange todas as forças policiais, foi muito elogiada pelos membros da associação por valorizar a categoria e lhes dar tranquilidade para focar na segurança pública. A entidade entregou uma carta de compromissos ao governadoriável, que vai submetê-la ao grupo responsável pelas propostas para a área de segurança a serem apresentadas no plano de governo.

Daniel Vilela lembrou que foi o primeiro dos pré-candidatos a se comprometer com a equiparação salarial para soldados e agentes. “É uma proposta apresentada com planejamento. Sei que é possível pagar e por isso nos comprometemos com esse pilar da segurança pública.” A associação, presidida por Cabo Senna, representa a policiais militares e bombeiros militares e apresentou demandas das duas categorias. “A proposta de igualar os salários foi muito bem recebida na corporação porque é preciso valorizar a todos os policiais. E ficamos felizes em ver a abertura de Daniel para o diálogo com a entidade”, afirma Cabo Senna.

Entre as necessidades, segundo a Unimil, está o aumento dos efetivos do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar e investimento em inteligência e tecnologia. “São assuntos dos quais já estamos tratando, inclusive denunciamos o descaso do governo estadual nessa questão dos salários dos novos soldados e agentes e na falta de investimento em tecnologia e inteligência”, afirmou Daniel Vilela. Em 2016 o Estado investiu apenas R$ 225 mil em informação e inteligência, dinheiro insuficiente para uma área tão importante.

Os policiais e bombeiros também reclamaram da demora no pagamento de salários. Disseram que hoje recebem no dia 10, até mesmo no dia 15 do mês seguinte ao trabalhado. Outro problema recente relatado por eles é a falta de planejamento as ações. A criação de um batalhão para fazer segurança em terminais de ônibus têm provocado longos deslocamentos para o efetivo policial, afetando ainda mais a segurança no interior.

“Tenho falado que a valorização das forças de segurança, por meio de investimento em pessoal e em equipamentos de monitoramento, é o primeiro passo para diminuir a criminalidade que assola Goiás. A conversa na Unimil foi importante para ver que nossas ideias já se assemelham às da corporação”, afirmou Daniel Vilela.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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