O deputado federal Gustavo Gayer (PL), um importante apoiador da candidatura de Professor Alcides à Prefeitura de Aparecida de Goiânia, é investigado pela Polícia Federal por supostamente ter utilizado documentos de crianças de 1 a 9 anos para criar uma Organização Social de Interesse Público (Oscip) com o objetivo de desviar recursos da cota parlamentar.
De acordo com a operação Discalculia, Gayer é apontado como uma figura central e suposto idealizador de uma associação criminosa destinada a redirecionar verbas parlamentares para interesses privados. Na manhã de sexta-feira (25), a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão em sua residência em Goiânia, assim como em outros 17 endereços.
A operação resultou em 19 ordens de busca em Brasília e em quatro cidades: Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Aparecida de Goiânia e Goiânia. Gayer é reconhecido por ser um dos principais defensores do projeto político de Professor Alcides, tendo declarado em um evento de lançamento da campanha que estava comprometido em caminhar ao lado dele nas eleições deste ano.
Durante as investigações, agentes da polícia estiveram na casa de Gayer em Goiânia e no imóvel funcional que ele mantém em Brasília. Em um dos residências de um assessor do deputado, foram encontrados R$ 70 mil em dinheiro vivo. Segundo a PF, o grupo teria utilizado documentos falsificados para instaurar a organização social incluindo as crianças em sua composição.
Gustavo Gayer está sendo investigado por pelo menos quatro crimes: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos particulares e peculato. As penas somadas para essas acusações podem ultrapassar 20 anos de prisão.
