Cuidadora é presa por dopar e furtar idosos no Distrito Federal
Uma mulher de 46 anos foi presa pela Polícia Civildo Distrito Federal (PCDF) acusada de dopar idosos para roubar dinheiro e pertences das vítimas. De acordo com as investigações da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), a suspeita se infiltrava em grupos de cuidadores de idosos, oferecendo seus serviços técnicos como estratégia para ter acesso aos alvos.
As investigações identificaram pelo menos cinco ocorrências relacionadas à suspeita em várias regiões do Distrito Federal. Um dos crimes ocorreu em outubro deste ano, na Asa Sul. Após a coleta de evidências, a 1ª DP solicitou a prisão preventiva da mulher, um pedido que foi aceito pelo Judiciário.
A PCDF alerta que, se alguém tiver informações sobre outras possíveis vítimas, pode entrar em contato pelo telefone 197, com garantia de sigilo.
ONU: 140 mulheres são vítimas de feminicídio por dia no mundo
Em 2023, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em todo o mundo, sendo que 60% desses homicídios foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. O índice equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias ou uma a cada dez minutos.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 25, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, pela ONU Mulheres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).
De acordo com o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, o continente africano registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguido pelas Américas e pela Oceania.
Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas em ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos, enquanto, em outras regiões, os principais agressores foram membros da família.
“Mulheres e meninas em todo o mundo continuam a ser afetadas por essa forma extrema de violência baseada no gênero e nenhuma região está excluída”, destacou o relatório.
“Além do assassinato de mulheres e meninas por parceiros íntimos ou outros membros da família, existem outras formas de feminicídio”, alertou a publicação, ao citar que essas demais formas representaram mais 5% de todos os homicídios cometidos contra mulheres em 2023.
“Apesar dos esforços feitos por diversos países para prevenir os feminicídios, eles continuam a registar níveis alarmantemente elevados. São, frequentemente, o culminar de episódios repetidos de violência baseada no gênero, o que significa que são evitáveis por meio de intervenções oportunas e eficazes”, concluiu o documento.