Quadrilha que matou advogada age a mando de detento do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia

“Nós já temos provas, inclusive com imagens, que estes quatro criminosos roubaram inúmeros veículos em Goiânia, e descobrimos também que eles faziam isso a mando de um detento que cumpre pena em Aparecida. Nosso trabalho agora será no sentido de identificar e indiciar quem é este criminoso”

A Polícia Civil apresentou à imprensa na manhã desta terça-feira (22), o quarto envolvido no assassinato da advogada Laís Fernanda Araújo Silva, de 30 anos, que foi morta no último dia 10 de maio, no Setor Alto da Glória, em Goiânia. Junto com os dois adolescentes de 13 e 16 anos, e com a mulher de 22 anos que foram capturados pela Polícia Militar no último sábado (19), Leandro Antonelli Vicente da Ailva, de 38 anos, segundo as investigações, integra uma quadrilha que rouba carros a mando de um detento que cumpre pena no Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia.

Leandro foi preso por agentes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) na tarde da última segunda-feira (21), em uma chácara no Conjunto Itatiaia, em Goiânia. Conforme relato dos próprios comparsas, Leandro, conhecido por eles como “Rogério”, foi quem os levou, em um Gol branco de sua propriedade, para roubar o veículo da advogada. Ao confessar ser o autor do disparo que matou Laís Fernanda, o adolescente de 13 anos disse que queria o carro só para passear, versão desmentida pelo titular da Deic, delegado Valdemir Pereira. “Nós já temos provas, inclusive com imagens, que estes quatro criminosos roubaram inúmeros veículos em Goiânia, e descobrimos também que eles faziam isso a mando de um detento que cumpre pena em Aparecida. Nosso trabalho agora será no sentido de identificar e indiciar quem é este criminoso”, destacou.

O que chamou a atenção dos policiais durante o trabalho de identificação da quadrilha foi o fato de dois adolescentes, apesar da pouca idade, terem mais de cinco passagens criminais. Luziane Ramos de Souza, que foi presa junto com eles, servia, para não chamar a atenção, uma vez que seguia no banco da frente do carro dirigido por Leandro. Ela também já acumula passagens por tráfico de drogas, falsificação de documentos, porte ilegal de arma e assassinato. Com a quadrilha, a polícia apreendeu dois revólveres e o carro usado para levar os criminosos ao Alto da Glória. Leandro já tem passagens por furto e receptação, e agora também foi indiciado, junto com os três comparsas, pelo latrocínio (roubo seguido de morte) da advogada.

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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