Arturo Vidal e outros jogadores do Colo-Colo são acusados de agressão sexual no Chile

O jogador chileno Arturo Vidal, ex-Flamengo e Athletico-PR, foi acusado de agressão sexual junto com outros jogadores do Colo-Colo, após uma festa em Santiago, capital chilena. A denúncia foi registrada por uma mulher que participou da comemoração e foi confirmada pelo Ministério Público do Chile nesta segunda-feira.

Em comunicado à imprensa, o Ministério Público informou que “existe uma queixa de agressão sexual no bar (…) mas ninguém foi detido”, mencionando Vidal como um dos envolvidos. A identidade dos outros atletas não foi divulgada.

Segundo a imprensa local, a acusação surgiu após uma festa que comemorava o aniversário de um dos jogadores, realizada horas após a vitória do Colo-Colo sobre o Deportes Iquique por 3 a 0, partida válida pela penúltima rodada do Campeonato Chileno. O coronel Gerardo Aravena confirmou que Vidal foi levado a uma delegacia para uma verificação de identidade, mas não foi detido.

Essa denúncia vem em meio a um escândalo recente no esporte chileno, envolvendo o ex-jogador Jorge Valdivia, que enfrenta acusações de estupro feitas por uma mulher em Santiago e segue detido enquanto o caso é investigado.

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Botafogo na Libertadores: Governo Milei aposta em SAFs para modernizar futebol argentino

Título – Botafogo na Libertadores: Governo Milei defende SAFs na Argentina

A final da Libertadores entre Atlético-MG e Botafogo foi um marco para o presidente argentino Javier Milei, que utilizou o título do clube carioca como argumento a favor das Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) no país sul-americano. Em um cenário onde a Associação do Futebol Argentino (AFA) é contra a entrada de capital externo no futebol, Milei destaca o sucesso do Botafogo como um impulso para o novo modelo de gestão.

Desde 2019, apenas dois clubes argentinos disputaram finais da Libertadores, revelando um cenário de predominância dos times brasileiros. Com o River Plate e o Boca Juniors derrotados em edições anteriores, o Atlético-MG e o Botafogo, ambos operando sob o modelo de SAF, protagonizaram a última final. A vitória do Botafogo, representando o sexto título consecutivo do Brasil na competição, reforçou a defesa das SAFs no país vizinho.

A gestão do Botafogo como sociedade anônima desde 2021, seguida pelo Atlético-MG em 2023, trouxe à tona o debate sobre a viabilidade e eficácia desse modelo no futebol argentino. Javier Lanari, subsecretário de imprensa de Javier Milei, destacou o ressurgimento do Botafogo, que, após ser adquirido por um investidor americano e receber um aporte financeiro significativo, se tornou campeão da Libertadores. Esse desempenho positivo enfatizou a importância da modernização na gestão dos clubes.

Apesar da resistência da AFA em permitir a transformação dos clubes em SAFs, alguns defensores desse modelo argumentam que a proibição limita a autonomia das equipes e contribui para o distanciamento financeiro em relação aos clubes brasileiros. José Francisco Manssur, coautor do projeto de lei que criou as SAFs no Brasil, ressalta a necessidade de atualização e adaptação do futebol argentino às tendências globais de gestão esportiva.

Javier Milei, em um decreto de dezembro de 2023, propôs mudanças na Lei Geral de Sociedades da Argentina para permitir a transição das associações esportivas para Sociedades Anônimas. A reação da AFA e da Fifa, que proíbem interferências governamentais nas federações esportivas, evidencia as dificuldades e controvérsias nesse processo de modernização. Ainda assim, Milei persiste em seu objetivo de promover a modernização e a abertura do futebol argentino para investimentos externos.

A reeleição de Claudio Tapia como presidente da AFA em outubro trouxe novos desafios para o avanço das SAFs na Argentina. A falta de concorrência no pleito e as questões legais levantadas pela Inspeção-Geral da Justiça do país indicam um cenário de resistência à mudança. No entanto, a discussão em torno das Sociedades Anônimas de Futebol continua em pauta, alimentando o debate sobre a gestão esportiva e a competitividade dos clubes argentinos no cenário internacional.

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