Governo de Goiás investe em Inteligência Artificial para melhorar políticas públicas

O Governo de Goiás, por meio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), estabeleceu um convenio de cooperação técnica e científica com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Fundação de Apoio a Pesquisa (Funape) para implementar inteligência artificial em políticas públicas nos municípios goianos. Este projeto, com um investimento de R$ 927.360,00 em recursos do Estado, terá vigência até março de 2026.
 
A iniciativa visa produzir pesquisas que mapeiem boas práticas e inovações na gestão de prefeituras, além de capacitar gestores em áreas estratégicas como educação, saúde e sustentabilidade. Estamos investindo na criação de soluções tecnológicas que vão revolucionar a gestão pública nos municípios, trazendo mais eficiência e qualidade aos serviços oferecidos aos cidadãos, destacou o presidente da Fapeg, Marcos Arriel.
 
Durante a cerimônia de assinatura do convenio, o vice-reitor da UFG, Jesiel Carvalho, elogiou a atuação da Fapeg na execução de recursos em projetos que beneficiam diretamente a sociedade. O papel que a Fapeg vem desempenhando na execução dos recursos tem sido essencial para nossos pesquisadores e instituições. Goiás é referência em inovação e pesquisas, pontuou Carvalho. Ele também citou o fundo de ciência, tecnologia e inovação, fruto do esforço do Governo de Goiás para alavancar a pesquisa. É um passo importante para consolidar o desenvolvimento científico de Goiás com impactos positivos a longo prazo, afirmou.
 
A parceria integra uma rede colaborativa liderada pelo Centro de Colaboração Interinstitucional de Inteligência Artificial Aplicada às Políticas Públicas (CIAP) da UFG, que reúne pesquisadores de instituições como o Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Unicamp e a Escola Nacional de Ciências Estatísticas (IBGE). Essa rede desenvolve ferramentas como o Chat GPT, permitindo aos gestores o acesso facilitado a informações sobre políticas públicas.
 
O diretor-geral do CIAP, Paulo Jannuzzi, agradeceu à Fapeg pelo apoio. Somos gratos à Fapeg e à receptividade do diretor científico Claudio Leles desde o início do projeto. Destaco também a parceria com o Instituto Mauro Borges, que será um aliado essencial para o sucesso desta iniciativa, comentou Jannuzzi.
 
O professor Vicente da Rocha Soares Ferreira, coordenador do projeto, afirmou que a parceria contribuirá para aprimorar a capacidade de gestão dos municípios goianos, o que deverá impactar diretamente a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população. Essa iniciativa será fundamental para trazer mais eficiência e inovação à administração pública, beneficiando diretamente os cidadãos, destacou Ferreira.

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Agrodefesa apreende 10 mil embalagens de agrotóxicos armazenadas de forma irregular

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), deflagrou, na última terça-feira, 17, em Trindade e Paraúna (GO), a Operação Terra Limpa.

A ação resultou na apreensão de mais de 10 mil embalagens vazias de agrotóxicos que estavam armazenadas de forma irregular, em desacordo com legislações ambiental e de defesa agropecuária vigentes.

As embalagens foram encontradas em diferentes estados de processamento — algumas prensadas, outras trituradas —, e estavam em condições inadequadas de armazenamento. Também foi descoberto um caminhão carregado com embalagens vazias.

Os profissionais envolvidos na operação identificaram que os materiais eram triturados para reciclagem, porém a destinação final das embalagens não cumpria as normas legais de devolução de embalagens vazias de agrotóxicos.

Os materiais apreendidos – que totalizaram seis caminhões com produtos – foram enviados para a Associação Goiana de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), localizada em Goiânia, e para a Associação dos Distribuidores de Produtos Agrícolas de Rio Verde (Adirv) para pesagem e destinação final.

Essas associações são unidades que representam os estabelecimentos comerciais de insumos agrícolas, autorizadas a recepcionar e dar a correta destinação final das embalagens vazias – que passam por tríplice lavagem pelos produtores -, ou ainda daquelas que podem conter resíduos de agrotóxicos.

Segundo a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, os fiscais estaduais agropecuários e os agentes da Polícia Civil apuraram ainda que a intenção do proprietário do estabelecimento era desviar as embalagens para recicladoras clandestinas.

“É importante destacar que o processo legal de reciclagem de embalagens vazias de agrotóxicos é de competência do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A instituição é responsável pela gestão da política reversa das embalagens vazias de agrotóxicos e nós, da Agrodefesa, estamos inseridos nesse processo como responsáveis por orientar os produtores e fiscalizar o cumprimento da obrigatoriedade legal do correto armazenamento e devolução das embalagens vazias”, informa.

Penalidade

Além da apreensão do material, o responsável pelo estabelecimento foi detido pela Polícia Civil e autuado pelos fiscais da Agrodefesa. De acordo a com legislação federal e estadual de agrotóxicos, a previsão é que esse tipo de infração tenha penalidades administrativa e criminal, com multas que podem chegar a R$ 50 mil, além de pena de reclusão, de dois a quatro anos.

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, reforça que esse tipo de prática de descarte e armazenamento irregular de embalagens de agrotóxicos vazias, além de ser crime, coloca em risco o meio ambiente, a saúde pública e a economia no Estado.

“Pode trazer sérios danos para a população e afetar toda uma cadeia produtiva. Por isso, casos como esses devem ser denunciados aos órgãos competentes para que as medidas de prevenção e repressão sejam tomadas o mais rápido possível”.

Denúncia

A operação foi realizada a partir do trabalho inicial de apuração feito em Paraúna (GO) por fiscais estaduais agropecuários da Unidade Regional Rio Verdão da Agrodefesa. No município, os profissionais identificaram desvios, processamento e envio de embalagens de agrotóxicos para Trindade.

O coordenador da UR Rio Verdão, Giovani Miranda, destaca que a partir disso foi possível a identificação dos receptadores e a localização do galpão em que o processamento clandestino das embalagens acontecia.

“Essas medidas possibilitaram à Delegacia de Crimes Rurais a apreensão de outras quatro cargas nesse mesmo depósito”, informa.

Participaram da ação fiscais estaduais agropecuários das Unidades Rio dos Bois e Rio Verdão, e da Gerência de Fiscalização Agropecuária, sob coordenação da Gerência de Sanidade Vegetal, além de agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR).

Destinação correta de embalagens de agrotóxicos

Em Goiás, são 13 associações credenciadas pelo inpEV, que juntas são responsáveis pela gestão em 27 Unidades de Recolhimento de Embalagens Vazias (UREV), devidamente cadastradas na Agrodefesa, sendo 17 Postos e 10 Centrais, localizadas nos seguintes municípios:

Acreúna, Anápolis, Bom Jesus, Catalão, Ceres, Cristalina, Formosa, Goianésia, Goiânia, Iporá, Itaberaí, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Paraúna, Piracanjuba, Porangatu, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Vianópolis e Vicentinópolis.

Os empresários que utilizam agrotóxicos, ao concluírem a aplicação, devem realizar a tríplice lavagem, armazenamento adequado e a devolução das embalagens vazias, suas tampas e eventuais resíduos pós-consumo dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou da data de vencimento.

A devolução pode ainda ser intermediada por postos ou centrais de recebimento, bem como por ações de recebimento itinerantes, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente, nesse caso em Goiás, pela Agrodefesa, com a gestão sob responsabilidade do inpEV junto às suas associações de revendas credenciadas.

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