Horários de fechamento das urnas nos EUA: Estados decisivos na eleição

A eleição presidencial dos Estados Unidos, que opõe Kamala Harris e Donald Trump, está em seu clímax, e a atenção se concentra nos estados-pêndulo, cujos resultados podem decidir o destino da disputa. Um dos fatores cruciais é o horário de fechamento das urnas em cada estado, o que varia de acordo com o fuso horário.
 
Horários de Fechamento das Urnas
Os estados-pêndulo, como Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin, são os principais focos de atenção. Na Carolina do Norte, as urnas fecham às 19h30 (21h30 em Brasília), enquanto na Geórgia, o fechamento ocorre por volta das 19h (21h de Brasília).
 
Sistema Eleitoral e Contagem de Votos
 
O sistema eleitoral dos EUA é fragmentado, sem um órgão centralizador, o que deixa a apuração a cargo de cada estado. Isso pode atrasar o anúncio do vencedor, pois os métodos de contagem variam entre votos em papel e eletrônicos. Em alguns estados, como a Pensilvânia e o Wisconsin, disputas políticas impediram a contagem antecipada dos votos pelo correio, enquanto a Geórgia exige a contagem manual dos votos presenciais.
 
Estados-Pêndulo e sua Importância
 
Os estados-pêndulo são cruciais porque sua preferência pode oscilar entre republicanos e democratas. Em 2016, por exemplo, Donald Trump venceu no Colégio Eleitoral apesar de perder no voto popular, graças à conquista desses estados estratégicos. Nesta eleição, Kamala Harris e Donald Trump estão empatados em praticamente todas as pesquisas, especialmente nos estados-pêndulo.
 
A contagem dos votos pode ser mais rápida do que em 2020, graças a mudanças em alguns estados, como Michigan, onde votos enviados pelos correios já puderam ser contabilizados antes do dia da eleição. No entanto, a incerteza persiste, e o resultado final pode levar dias para ser conhecido. A agência Associated Press desempenha um papel crucial na centralização e divulgação da apuração em todo o país.
 
Ambos os candidatos intensificaram suas campanhas nas redes sociais no dia da eleição. Kamala Harris incentivou os eleitores a votar, destacando o amor pelo país e a crença na promessa dos EUA. Donald Trump, por sua vez, utilizou a plataforma Truth Social para incentivar seus apoiadores, mas também espalhou desinformação e recorreu a seu repertório de críticas aos democratas.
 A última previsão da revista The Economist indica que Kamala Harris tem 56% de chances de vencer, mas a vantagem é pequena o suficiente para manter a possibilidade de uma vitória decisiva de Trump aberta.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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