Trump condenado, mas eleito: desafios judiciais e presidência

Donald Trump, que segundo a projeção da Associated Press venceu as eleições presidenciais nos EUA nesta quarta-feira, 6, se tornou o primeiro presidente condenado da história dos Estados Unidos e também o primeiro a responder como réu durante sua gestão. Trump, de 78 anos, foi eleito para um novo mandato após uma vitória contra a democrata Kamala Harris.
 
A eleição de Trump não o exime dos processos judiciais em andamento. Ele continua respondendo como réu em três processos diferentes. Em um deles, Trump já foi condenado, mas ainda aguarda a sentença. As 34 acusações contra ele se referem a crimes de Classe E, considerados leves em Nova York, o que torna improvável uma pena de prisão, segundo analistas americanos.
 
Os fatores que podem influenciar a decisão do juiz incluem a primeira condenação criminal de Trump, a natureza não violenta do crime, a idade do condenado e o fato de ele já ter sido presidente e ter sido reeleito. Em vez de prisão, o juiz pode optar por uma pena mais branda, como liberdade condicional ou multa.
 

Processos Judiciais

 
Trump é réu em vários processos, cada um com suas próprias implicações:
 
  • Tentativa de Manter o Poder Ilegalmente: Trump é acusado de ter tentado se manter no poder ilegalmente após perder as eleições de 2020 para Joe Biden. A invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 foi parte dessa campanha ilegal.
  • Tentativa de Reverter o Resultado da Votação na Geórgia: Trump é acusado de ter tentado reverter o resultado da eleição no estado da Geórgia em 2020. Ele ligou para o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, e insistiu para que ele “encontrasse” votos suficientes para reverter sua derrota.
  • Documentos Sigilosos: Trump removeu documentos secretos do governo e os levou para sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida. Embora uma juíza da Flórida tenha encerrado o processo em julho, a promotoria recorreu da decisão.
 
Implicações Políticas
 
A vitória de Trump marca o retorno do republicano ao poder após quatro anos, desde que perdeu para Joe Biden em 2020. Ele assume o cargo em 20 de janeiro de 2025 e terá a Câmara e o Senado com maioria republicana nos dois primeiros anos de seu mandato. O Partido Republicano conquistou a maioria no Senado nas eleições deste ano, retomando o controle da Casa que estava com os democratas desde 2020.
 
Limites Constitucionais
 
A Constituição dos EUA, especificamente a Vigésima Segunda Emenda, estabelece que nenhuma pessoa pode ser eleita para o ofício de Presidente mais do que duas vezes. Isso significa que, apesar de Trump ter sido eleito para um segundo mandato, ele não poderia se candidatar a um terceiro mandato.
 
A situação de Trump é inédita na história dos EUA, tornando-o o primeiro presidente condenado a governar enquanto ainda responde a processos judiciais. As próximas etapas de sua presidência serão marcadas por desafios legais e políticos significativos.

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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