Lula liberado para viajar após melhora em quadro clínico

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi liberado pelos médicos para viajar após passar por novos exames que apontaram uma melhora em seu quadro clínico. Essa notícia é um alívio para o governo e os apoiadores do presidente, que haviam expressado preocupação com sua saúde recentemente.
 
Lula havia passado por uma série de avaliações médicas nas últimas semanas, o que levou a especulações sobre sua capacidade de viajar e cumprir suas obrigações presidenciais. No entanto, com a liberação médica, o presidente pode agora retomar suas atividades normais, incluindo viagens oficiais.
 

Saúde do Presidente

 
A melhora na saúde de Lula é vista como um fator positivo para o governo, especialmente em um momento em que o presidente está envolvido em discussões críticas sobre medidas de corte de gastos para equilibrar as contas públicas. Essas discussões, que envolvem vários ministros, visam encontrar soluções para o déficit primário do governo, que até setembro deste ano alcançou R$ 105,2 bilhões, segundo o Tesouro Nacional[3].
 

Implicações Políticas

 
A liberação de Lula para viajar também tem implicações políticas significativas. Com a capacidade de se deslocar, o presidente pode fortalecer suas alianças políticas e participar de eventos importantes que podem influenciar a agenda governamental. Isso é particularmente relevante diante das eleições para a presidência da Câmara e do Senado, programadas para fevereiro de 2025, onde os candidatos Hugo Motta e Davi Alcolumbre já contam com amplo apoio de partidos de várias alas ideológicas.
 

Reações

 
Especialistas políticos, como Cláudio Couto da Fundação Getúlio Vargas (FGV), não veem elementos que possam ameaçar a estabilidade das candidaturas de Motta e Alcolumbre, apesar da história de surpresas nas eleições do Congresso. A liberação de Lula para viajar reforça a estabilidade política necessária para esses processos eleitorais.

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Deportação de 11 milhões de imigrantes preocupa comunidade brasileira nos EUA

Donald Trump, recém-eleito para um segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, tem gerado grande preocupação entre a comunidade de imigrantes brasileiros com sua promessa de deportar em massa 11 milhões de pessoas sem documentação regularizada. Essa medida, anunciada durante sua campanha, ressoa particularmente entre os brasileiros que vivem nos EUA há décadas.
 
Keila Melo, uma brasileira de 40 anos que vive em Derry, New Hampshire, e comanda um negócio na área de limpeza, expressou suas preocupações sobre a política migratória de Trump. “Votei por uma economia melhor. E não foi um problema ele bater na tecla da imigração ilegal. Primeiro, porque ninguém deportou mais gente, desde que vivo aqui, do que o governo de Barack Obama. Segundo porque a porteira aberta deixa gente boa e ruim entrar no país, e temo pela minha segurança, do meu marido e de meus dois filhos,” disse Keila, que entrou nos EUA de forma irregular pela fronteira com o México e passou uma década até conseguir a cidadania.
 
Trump afirmou, em sua primeira entrevista após ser eleito novamente, que priorizará a deportação de 11 milhões de pessoas sem documentação regularizada no início de seu segundo governo. Durante a campanha, ele classificou esses imigrantes de “animais”, “vindos de cadeias e sanatórios”, que “envenenam o sangue dos americanos”.
 
Os dados oficiais mostram que, nos oito anos do governo de Barack Obama, 5,2 milhões de pessoas foram deportadas, contra 1,6 milhão nos quatro anos do primeiro mandato de Trump. No entanto, a promessa de Trump de intensificar as deportações tem alarmado a comunidade imigrante, que vê nessa medida um risco significativo para suas vidas e famílias.
 
A migração mais veloz de latinos para a direita, especialmente entre os homens latinos, foi uma das explicações para a vitória mais contundente de Trump do que as pesquisas apontavam. No condado de Hillsborough, em New Hampshire, onde vive Keila, Trump venceu com 56% dos votos, um aumento significativo em relação às eleições anteriores.
 
Silvia Pedraza, professora de Sociologia e História da Universidade de Michigan, observou que “um comportamento comum na história da imigração nos EUA, e não apenas na dos latinos, é de quem se estabelece legalmente passar a defender mais rigor para os que tentam seguir seus caminhos.” Essa dinâmica é particularmente relevante para imigrantes como Keila, que agora se veem diante de uma política migratória cada vez mais restritiva.
 
A promessa de Trump de deportar em massa também levanta questões sobre a legalidade e a viabilidade de tal medida. Especialistas alertam que o envio de tropas para realizar deportações em massa poderia violar leis e colocar a população contra as Forças Armadas dos EUA. Além disso, a resistência de funcionários do Pentágono e de outros setores do governo pode ser um obstáculo significativo para a implementação dessas políticas.
 
Em resumo, a promessa de Trump de deportar 11 milhões de imigrantes sem documentos regularizados tem gerado um clima de medo e incerteza entre a comunidade brasileira e outros imigrantes nos EUA. As implicações legais, sociais e econômicas dessas medidas são profundas e continuam a ser um tema central no debate político americano.

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