Última atualização 11/11/2024 | 09:39
Na última sexta-feira, 8, a Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou um homem sob suspeita de cometer feminicídio contra a própria mãe em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. A investigação concluiu que o atropelamento, que resultou na morte da vítima, foi um ato intencional.
O caso ocorreu quando Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso, 32 anos, atropelou a mãe, de 59 anos, com um veículo na noite de 28 de outubro, no bairro Jardim Carioca. A polícia, após uma investigação detalhada, determinou que o ato não foi um acidente, mas sim um ato premeditado.
Além do crime de feminicídio, o homem também é suspeito de lesão corporal no trânsito, ao bater contra outro carro e ferir cinco pessoas, e por dirigir sob efeito de substância de entorpecente. Ele está detido em um presídio de Itaperuna, no noroeste do Rio de Janeiro.
Denúncia à Justiça
Em denúncia à Justiça, a promotoria informou que “havia um longo contexto de violência doméstica cometida por Carlos Eduardo contra a sua mãe, sobretudo em razão de o denunciado ser usuário de drogas”.
No texto, é relatado que Carlos havia pedido dinheiro à mãe para comprar açaí e cigarro. Em seguida, ele pegou o carro do pai emprestado e saiu, indo até uma comunidade para comprar cocaína e maconha.
Enquanto retornava para casa, o denunciado viu a mãe pedalando em uma bicicleta elétrica e acelerou o carro em direção a ela, acertando Eliana pelas costas. “Ele sequer demonstrou sentimentos quando viu a mãe morta no asfalto. Foi um feminicídio. Havia histórico muito robusto de diversas agressões físicas e verbais [do filho contra a mãe]. Não foi só um delito qualquer de trânsito”, disse o delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pelas investigações.
Vídeos obtidos pelas investigações mostram que as agressões de Carlos contra a mãe eram frequentes. Em uma das imagens, divulgadas nas redes sociais, é possível ver o suspeito gritando com a genitora após ter pedido R$ 5 a ela e ser negado, e batendo no rosto da mulher.
Ainda segundo a investigação, o acusado possuía passagens pela polícia por crimes de violência doméstica contra a mãe e exercício ilegal de medicina, uma vez que ele ainda era estudante, mas se apresentava como médico em hospitais.