Falta de óleo diesel interrompe produção de etanol em 19 usinas de Goiás

O problema pode ficar ainda pior, pois o mês está chegando ao fim e os empresários podem ter dificuldades para pagar seus colaboradores e também os fornecedores de cana

De acordo com o Sifaeg, sindicato que representa os produtores de etanol em Goiás, sem óleo diesel para abastecer as máquinas agrícolas utilizadas na colheita e transporte da cana-de-açúcar, o jeito foi paralisar a produção em 19 das 31 usinas em operação. O Sifaeg alertou ainda que se a greve dos caminhoneiros, que completa nesta segunda-feira (28), oito dias, continuar por pelo menos mais dois dias, todas as usinas terão que paralisar a produção.

No caso da comercialização de etanol, as distribuidoras não conseguem retirar de dentro das usinas o combustível que já compraram. Por conta disso, a venda de etanol teve que ser suspensa, acarretando inclusive perda de arrecadação de impostos para o Estado. O problema pode ficar ainda pior, pois o mês está chegando ao fim e os empresários podem ter dificuldades para pagar seus colaboradores e também os fornecedores de cana. Outra dificuldade enfrentada é em relação a produção de energia por meio do bagaço da cana. Se não tem a cana, automaticamente não tem o bagaço da cana para a produção de energia limpa.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp