O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a Organização das Nações Unidas (ONU) e o privilégio dos países do Norte Global, como Estados Unidos e membros da Europa, durante a Cúpula de Líderes do G20. Lula afirmou que a omissão do Conselho de Segurança da ONU tem sido uma ameaça à paz, citando o poder de veto dos membros permanentes que muitas vezes prejudica propostas de soluções para conflitos internacionais, como no caso da Faixa de Gaza.
O presidente defende uma reforma na governança internacional, buscando maior inclusão de nações do Sul Global, como os países da América Latina e África, na tomada de decisões. Lula destaca que a pluralidade de vozes é essencial para o equilíbrio mundial e prevê um futuro multipolar, indicando que aceitar essa realidade pode pavimentar o caminho para a paz. Ele alerta também para os impactos das sanções unilaterais, que geram sofrimento aos mais vulneráveis e enfraquecem o diálogo entre nações.
Além disso, o presidente Lula aborda a necessidade de taxar os super-ricos como forma de gerar recursos significativos para enfrentar desafios sociais e ambientais atuais. Ele propõe uma taxação de 2% sobre o patrimônio dos indivíduos super-ricos, que poderia resultar em US$ 250 bilhões anuais para investimentos nesses setores. Em um cenário marcado pela desigualdade, Lula destaca a importância de redistribuir a riqueza e promover a justiça social.
Com suas críticas à ONU e defesa da inclusão dos países do Sul Global, o presidente Lula evidencia a necessidade de reformas estruturais nos fóruns internacionais para garantir uma representação mais equilibrada e justa. Suas propostas visam promover a paz, a estabilidade e a cooperação entre as nações, destacando a importância do diálogo e da colaboração como pilares fundamentais para um mundo mais justo e sustentável.