Última atualização 18/11/2024 | 22:20
A Polícia Civil realizou uma operação contra pirataria na manhã desta segunda-feira (18), que resultou na prisão em flagrante de 12 pessoas em 12 lojas localizadas na região da Santa Ifigênia, no Centro de São Paulo. A ação foi conduzida por 30 agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que apreenderam 565 aparelhos de TV Box, usados para piratear sinais de TV por assinatura e conteúdo de streaming.
Além das buscas na capital, a operação também se estendeu a uma loja em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, mas nada foi encontrado no local. Segundo os policiais do Deic, a venda desses dispositivos configura crime de violação de direitos autorais. Os agentes também alertam para o risco de golpes cibernéticos associados ao uso desses aparelhos.
Riscos do uso de TV Box pirata
Os dispositivos de TV Box não apenas distribuem conteúdo de forma ilegal, mas também representam riscos significativos para os usuários. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), esses aparelhos não contam com suporte técnico adequado e comprometem a segurança dos dados, tornando-se vulneráveis a ciberataques.
Análises realizadas pela Anatel apontaram que alguns desses aparelhos podem conter arquivos maliciosos que assumem o controle do dispositivo e capturam informações sensíveis, como dados financeiros e arquivos pessoais armazenados em outros dispositivos conectados à mesma rede.
Solução tecnológica para combater a pirataria
Em setembro, o desenvolvedor de sistemas Daniel Lima e sua equipe, composta por outros cinco profissionais da área de tecnologia da informação, venceram o concurso Hackathon TV Box, promovido pela Anatel. O grupo apresentou uma proposta inovadora para bloquear esses aparelhos por meio de uma atualização forçada, tornando-os inutilizáveis.
A Anatel está atualmente em discussões com os vencedores do concurso para avaliar a possibilidade de implementar essa solução em uma tentativa de combater a pirataria e proteger os consumidores contra riscos cibernéticos. Contudo, a agência ainda não confirmou oficialmente se adotará a tecnologia proposta.