Em pesquisa realizada pelo Ibope, Bolsonaro lidera intenção de votos

Ele empata tecnicamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece com 23%

Em levantamento encomendado pela TV Bandeirantes, o Ibope divulgou nesta segunda-feira (28), pesquisa realizada entre os dias 24 e 27 de maio com os eleitores do estado de São Paulo. Segundo os resultados o deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato pelo PSL à Presidência da República, foi o único que cresceu em pesquisa de intenção de voto, durante a greve dos caminhoneiros.

Bolsonaro aparece com 19% das intenções de voto, cinco pontos a mais do que em levantamento encomendado pela emissora no mês passado e realizado pelo mesmo instituto. Como a margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos, ele empata tecnicamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece com 23%.

Embora tenha governado São Paulo por quatro mandatos, o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, aparece apenas em terceiro lugar, com 13%, um ponto a menos que na pesquisa anterior. Na sequência estão a pré-candidata da Rede, Marina Silva, com 9%, e o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, com 3%. Eles também estão estagnados – no levantamento anterior tiveram 9% e 4%, respectivamente.

O senador paranaense Álvaro Dias, pré-candidato pelo Podemos, aparece com 2%. O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) e João Goulart Filho (PPL) têm 1%. Não pontuam Aldo Rebelo (Solidariedade), Flávio Rocha (PRB), Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D’Ávila (PCdoB), João Amoêdo (Novo), Levy Fidélix (PRTB) e Paulo Rabello de Castro (PSC).

Os brancos e nulos somam 20%, e aqueles que não sabem ou não quiseram responder chegam a 5%, sem variação significativa em relação aos resultados do levantamento anterior, de 18% e 4%, respectivamente.

Em um cenário sem Lula como candidato do PT, mas com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad no seu lugar, Bolsonaro e Alckmin empatam tecnicamente na liderança – o deputado tem 19% e o tucano tem 15%. Marina passa a ter 11% e Ciro registra 7%. Haddad e Dias têm 3% cada. Meirelles aparece com 2%.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), João Goulart Filho (PPL), Aldo Rebelo (Solidariedade), Guilherme Boulos (PSOL), a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB), João Amoêdo (Novo), Levy Fidélix (PRTB) e Paulo Rabello de Castro (PSC) aparecem com 1%. Flávio Rocha (PRB) não pontuou.

A pesquisa foi feita  com 1008 pessoas em 60 municípios paulistas. O nível de confiança utilizado é de 95%. O número de registro no TSE é BR-06360/2018.

(informações Agência Estado)

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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