Militares suspeitos de arquiteta golpe trariam Moraes para Goiânia, afirma PF

O ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes
Nesta terça-feira, 19, a Polícia Federal (PF) realizou a Operação Contragolpe, visando desarticular uma organização criminosa responsável por planejar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula após as eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro Alexandre de Moraes do STF revelou que o grupo criminoso planejava levá-lo para Goiânia, onde ele seria mantido refém. Os suspeitos incluem o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rafael Martins de Oliveira, o policial federal Wladimir Matos Soares, e o major Rodrigo Bezerra Azevedo, que foi preso em Goiânia.
 
Segundo o ministro Moraes, o plano do grupo tinha três possibilidades de desfecho: prender o ministro no dia da posse presidencial e levá-lo para Goiânia, matá-lo no caminho entre Brasília e Goiânia, ou enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, no Distrito Federal. Essas informações foram baseadas no relatório da PF.
 
A PF constatou que o grupo realizou o monitoramento da residência oficial do ministro do STF. As mensagens trocadas entre os integrantes do grupo, identificado como “Copa 2022”, demonstram que estavam preparados para executar ações com o objetivo de prender Moraes. A operação clandestina foi cancelada após o adiamento de uma sessão do STF.
 
Os acusados executaram a operação clandestina “Copa 2022” no dia 15 de dezembro de 2022, três dias após a cerimônia de diplomação de Lula e Geraldo Alckmin pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para evitar deixar rastros, usaram linhas telefônicas de terceiros e codinomes como Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Japão e Gana, comunicando-se via aplicativo Signal, cujo conteúdo é criptografado.
 
A investigação também indicou que os investigados tinham um plano para assassinar Lula e Alckmin. Na data da operação, Lula estava em São Paulo, participando de um evento com catadores de materiais recicláveis, enquanto Alckmin se reunia com governadores em um hotel em Brasília.

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Governo de Goiás investe R$ 6,6 milhões na restauração do Museu Zoroastro Artiaga

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), deu início às obras de restauração do Museu Goiano Zoroastro Artiaga, um dos marcos do estilo Art Deco na Praça Cívica, em Goiânia. Este projeto contou com um investimento de R$ 6,6 milhões e foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 
As obras, conduzidas pela Superintendência de Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, têm como objetivo recuperar as características originais do prédio, valorizar o conjunto arquitetônico e implementar melhorias de acessibilidade e segurança estrutural. Além disso, o espaço será requalificado com uma nova proposta museográfica.
 
Para proteger o público e o edifício histórico, tapumes foram instalados ao redor do prédio. Simultaneamente, começaram a ser elaborados os projetos executivos, além do mapeamento e organização do acervo, que será transferido para outro local durante as intervenções. Durante o restauro, o acervo passará por desinfestação por atmosfera anóxia (ausência de oxigênio) e higienização.

Importância do acervo

A coleção do museu inclui peças arqueológicas, mineralógicas, de etnologia indígena, arte sacra e arte popular, que narram a trajetória do estado e da cidade de Goiânia desde sua fundação até os dias atuais. Essas peças são essenciais para a preservação da memória histórica e cultural de Goiás.
 
A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, destaca que a preservação do patrimônio histórico e cultural goiano é uma prioridade. “O início das obras de restauro do Museu Zoroastro Artiaga representa um passo fundamental para garantir que este espaço, tão significativo para a memória de Goiás, continue a inspirar as próximas gerações. Estamos comprometidos em entregar à população um museu revitalizado, acessível e preparado para contar a nossa história com ainda mais riqueza e cuidado,” afirma a titular.

História e significado

Inaugurado como o primeiro museu de Goiânia, o Museu Goiano Zoroastro Artiaga é um marco cultural que reflete a diversidade material e imaterial de Goiás. Localizado na Praça Cívica, o edifício foi construído entre 1942 e 1943 pelo engenheiro polonês Kazimiers Bartoszevsky, inicialmente para abrigar o Departamento de Imprensa e Propaganda. Em 1946, foi transformado em museu e recebeu o nome de Zoroastro Artiaga, em homenagem ao professor, advogado, geólogo e historiador que foi o primeiro diretor da instituição. Tombado como Patrimônio Arquitetônico e Histórico Estadual em 1998 e pelo Iphan em 2004, o museu é uma referência do estilo Art Deco, um dos destaques da arquitetura da capital goiana.

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