Eduardo Monteiro: revelações de delator e conexões empresariais que chocam – Novos detalhes do caso em meio a denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro

O caso do policial civil Eduardo Lopes Monteiro, citado pelo delator Antonio Vinícius Gritzbach, ganha novos contornos após a revelação de suas sociedades em empresas de construção de imóveis de alto padrão e venda de carros esportivos importados. Com um salário de R$11,9 mil líquidos por mês, Monteiro deixou as empresas há um ano, enquanto sua esposa permaneceu como sócia. Ele se associou a um empresário que é filho de um ex-delegado do Dops acusado de tortura, o que levanta questionamentos sobre suas atividades empresariais.

Segundo Gritzbach, Monteiro esteve envolvido em ilicitudes e arbitrariedades na investigação sobre a morte do traficante Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta. O delator relatou que investigadores do caso pediram um pagamento de R$40 milhões para retirá-lo da lista de indiciados. As denúncias feitas por Gritzbach resultaram no afastamento temporário dos agentes e delegado mencionados, aguardando apuração pela Secretaria da Segurança Pública.

Eduardo Monteiro era sócio de duas empresas, a MD Construções e a Baronesa Motors, sendo que a primeira possui terrenos em condomínios de alto padrão em Bragança Paulista. A Baronesa Motors, concessionária de carros de luxo importados, anunciava marcas como Mercedes-Benz e BMW, embora a empresa tenha sido esvaziada nos últimos meses. Após se retirar das sociedades em 2023, sua esposa, que é médica, permaneceu como sócia, sendo esta situação comum em casos de investigações por corrupção.

A execução de Vinícius Gritzbach no Aeroporto Internacional de Guarulhos trouxe à tona a complexidade de seus envolvimentos com o PCC e as denúncias feitas por ele sobre lavagem de dinheiro e extorsões feitas por policiais. A polícia investiga a hipótese de que o PCC tenha sido o responsável pelo crime, embora não descarte a possível participação de policiais. Até o momento, ninguém foi preso pela morte do delator, e a polícia oferece recompensa por informações que levem à prisão do olheiro que facilitou o assassinato.

A complexidade do caso envolvendo Eduardo Monteiro e as revelações feitas por Gritzbach destacam a necessidade de transparência e investigação rigorosa em casos de corrupção e crimes envolvendo agentes públicos. As denúncias feitas por delatores são fundamentais para expor práticas ilícitas e garantir a responsabilização dos envolvidos. O desdobramento dessas investigações pode trazer à tona redes de corrupção e colaborar para uma atuação mais eficiente e ética por parte das autoridades responsáveis.

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Cremego repudia prisão de médica em hospital de Goiás: caso em apuração

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) manifestou repúdio e lamentou a conduta dos policiais civis que levaram uma médica do Hospital Estadual de Trindade para a delegacia após exigirem atendimento prioritário. O caso, que aconteceu durante um plantão, gerou indignação e preocupação em relação à segurança e respeito aos profissionais de saúde. A polícia informou que a situação está sendo apurada pela Corregedoria da instituição, garantindo que todas as providências serão tomadas para esclarecer os fatos.

No episódio, a médica relatou que os policiais desrespeitaram as normas do hospital ao exigirem prioridade na realização de um exame de corpo de delito, interrompendo o atendimento de outros pacientes. Ela solicitou que aguardassem do lado de fora, porém um dos policiais se irritou e a intimou. Após a realização do exame, os policiais retornaram e a médica foi surpreendida com a voz de prisão, sendo obrigada a segui-los para a delegacia, em meio a um ambiente hospitalar lotado de pacientes.

Na delegacia, a médica foi submetida a abusos psicológicos pela policial envolvida na prisão, que tentou coagi-la e a intimidou com ameaças relacionadas a um possível processo por falso testemunho. Após prestar depoimento, a profissional foi liberada, porém, devido aos acontecimentos, não conseguiu finalizar seu plantão devido ao abalo emocional sofrido. A advogada da médica afirmou que medidas serão tomadas contra o estado em busca de reparação pelos danos morais e pela defesa da inocência de sua cliente.

O Hospital Estadual de Trindade lamentou o ocorrido e afirmou estar colaborando com a apuração dos fatos, reforçando seu compromisso com o atendimento de qualidade à população e apoio aos profissionais de saúde. O Cremego emitiu uma nota de repúdio à prisão da médica, destacando a importância de se apurar o caso de forma rigorosa e garantindo que serão tomadas as devidas providências para que situações como essa não se repitam.

Espera-se que as autoridades responsáveis, incluindo o governador Ronaldo Caiado, intervenham de maneira firme e justa nesse episódio, assegurando a segurança e respeito aos profissionais de saúde que atuam no estado de Goiás. A saúde pública já enfrenta desafios e dificuldades, e os médicos não podem ser expostos a mais formas de agressão e desrespeito em seu ambiente de trabalho. É fundamental que casos como esse sejam tratados com seriedade e responsabilidade, visando a integridade e valorização dos profissionais de saúde.

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