Investigações do MPDFT sobre parcelamento ilegal no Lago Norte: saiba mais sobre a Operação Pantsir e a disputa pela Fazenda Brejo Torto

A organização criminosa envolvida no parcelamento ilegal do solo no Lago Norte atuava de maneira ilegal há cerca de 30 anos. As investigações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) envolvem a disputa de terras na antiga Fazenda Brejo Torto. O local chegou a ser anunciado como futura instalação do Condomínio Tomahawk, que passou a ser chamado de Jardins do Lago Norte.

A propriedade da referida terra chegou a ser debatida na CPI da Grilagem, na Câmara Legislativa do DF, em 1995. Já naquele momento foi identificada a utilização, na implantação do Tomahawk, de documentos que foram produtos de fraude. O relatório final da CPI constatou que as áreas a que se referiam os documentos não tinham qualquer relação com a área onde estava sendo implantado o referido parcelamento.

As disputas envolvem um grupo que alega ser dono das terras e que elas não seriam públicas. Dessa forma, os investigados teriam vendido lotes que nunca existiram fisicamente, sob a promessa de que a área seria regularizada em breve – o que nunca aconteceu. Posteriormente, os investigados teriam mudado o nome do residencial para Setor Habitacional Jardins do Lago Norte e começaram a cobrar taxas condominiais de uma área inexistente.

O MPDFT deflagrou a Operação Pantsir para investigar a ação criminosa suspeita de envolver parcelamento ilegal do solo em um residencial no Lago Norte. As investigações tiveram início em 2021. Equipes do Gaeco e do Decor da PCDF estiveram na sede da Cooperativa e Associação do Setor Habitacional Jardins do Lago Norte, onde apreenderam documentos e equipamentos eletrônicos.

A apreensão de documentos visa aprofundar as investigações, identificar novos participantes na prática criminosa e a quantidade e o valor dos lotes vendidos. As equipes cumprem mandados de busca e apreensão em diversos endereços, investigando crimes como grilagem de terras, estelionato, extorsão, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e contra as relações de consumo.

Por meio de nota, a Terracap informou que a área é de propriedade exclusiva da agência e tem sido alvo de tentativas de grilagem. A empresa mantém vigilância constante sobre a área para preservar o patrimônio público. Para mais notícias e reportagens sobre o caso, acesse a coluna do Metrópoles.

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Juan Arias Martínez, o renomado escritor espanhol do El País, falece aos 92 anos no Rio de Janeiro, deixando um legado literário inestimável.

Faleceu aos 92 anos, no Rio de Janeiro, o renomado escritor espanhol Juan Arias Martínez. Conhecido por sua coluna semanal no jornal El País, Juan Arias também contribuía com textos para o site do Ricardo Noblat. Sua morte, ocorrida na sexta-feira (22/11), foi resultado de complicações relacionadas a uma insuficiência renal, conforme confirmado por sua esposa, a escritora Roseana Murray.

Durante anos, Arias escreveu para o El País, sendo correspondente do jornal em Roma e no Vaticano por 15 anos. Especializando-se em temas religiosos e na Igreja Católica, ele deixou um legado de aproximadamente 30 mil textos para o periódico, além de ter realizado 120 viagens internacionais acompanhando os papas Paulo VI e João Paulo II.

Apesar de ter nascido na Espanha, Juan Arias considerava o Brasil sua segunda pátria. Ele e Roseana residiam em Saquarema, no Rio de Janeiro, onde a esposa sofreu um grave ataque de três pitbulls ao sair de casa em abril de 2021, perdendo um braço e uma orelha. O casal mantinha uma vida tranquila e dedicada às suas atividades literárias.

A morte de Juan Arias Martínez representa uma perda significativa no cenário literário e jornalístico, deixando órfãos os leitores que acompanham suas reflexões e análises. Seu trabalho era reconhecido tanto na Espanha quanto no Brasil, onde conquistou admiradores e seguidores ao longo dos anos.

Sua presença marcante nas páginas do El País e do site de Ricardo Noblat deixa saudades e um vazio irreparável. Juan Arias será lembrado não apenas por sua escrita eloquente e perspicaz, mas também por seu comprometimento com a verdade e a ética jornalística, valores que nortearam sua carreira e sua vida.

A comunidade literária e jornalística lamenta a perda de Juan Arias, destacando sua contribuição inestimável para o debate público e a disseminação do conhecimento. Sua partida deixa um vácuo difícil de ser preenchido, mas seu legado continuará vivo através de suas obras e do impacto que causou em gerações de leitores e admiradores.

O Brasil e o mundo perdem um grande talento com a morte de Juan Arias Martínez, mas seu espírito e sua voz permanecerão vivos através de suas palavras e de tudo o que ele compartilhou com o público ao longo de sua carreira brilhante. Descanse em paz, Juan Arias.

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