Brasileiras são impedidas de viajar para os EUA mais uma vez após prisão injusta por malas trocadas: sonho interrompido pela falta de segurança no despacho de bagagens

Brasileiras impedidas novamente de embarcar após prisão por malas trocadas planejaram uma viagem por meses para comemorar o aniversário de uma delas nos EUA, mas tiveram seus planos frustrados. Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que foram presas injustamente na Alemanha em março de 2023, após terem suas malas trocadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos por bagagens contendo drogas, foram impedidas novamente de viajar. Desta vez, elas planejaram por seis meses comemorar o aniversário de Jeanne em Nova York, no próximo sábado (26), mas tiveram seus sonhos interrompidos mais uma vez.

Segundo as brasileiras, a viagem estava toda paga para Nova York, e o cancelamento resultou em um prejuízo calculado em quase R$ 35 mil. Os embarques estavam programados para a terça-feira (19), mas em São Paulo, foram informadas pela companhia aérea sobre o cancelamento dos vistos pela embaixada dos EUA. O terminal de passageiros é o mesmo onde a Polícia Federal constatou que Kátyna e Jeanne tiveram as etiquetas das malas trocadas por criminosos no ano anterior, quando embarcaram para a Alemanha.

Na época da prisão na Alemanha, Kátyna descreveu detalhes do pesadelo diário no presídio, onde foram acorrentadas pelos pés e humilhadas, mesmo sendo inocentes. Agora, ser novamente impedidas de viajar para fora do país, pelo mesmo motivo do qual já foram inocentadas na Alemanha, é como reviver o pesadelo da injustiça que sofreram. As brasileiras esperam que a falta de segurança no despacho de bagagem do Brasil seja corrigida para evitar que outras pessoas passem pelo mesmo problema.

Em 5 de março de 2023, o sonho de Jeanne Paollini e Kátyna Baía de fazer uma viagem de 20 dias pela Europa se tornou um pesadelo ao serem presas por tráfico internacional de drogas na Alemanha. As duas foram detidas horas antes de desembarcarem em Berlim, devido à apreensão de malas contendo cocaína, malas que foram trocadas durante conexões nos aeroportos de Goiânia e Guarulhos, sem que elas tivessem conhecimento.

A Justiça alemã determinou que o estado alemão indenizasse Jeanne e Kátyna pelos danos causados durante o tempo em que ficaram presas injustamente e em decorrência da prisão. A esperança das brasileiras é que esses problemas no sistema de transporte de bagagens sejam solucionados para evitar que outras pessoas passem por situações semelhantes. Enquanto isso, Kátyna e Jeanne se veem impedidas novamente de realizar seus planos de viagem, tocando feridas profundas e revivendo traumas passados.

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