Atropelada diz que não teve “nenhum amparo” de jogadora do Corinthians
Após ser atropelada pela jogadora do Corinthians, Jaqueline Ribeiro, a técnica de enfermagem Cibelle Jevene, de 40 anos, viu sua vida profissional e pessoal comprometida. Em entrevista ao Metrópoles, Cibelle revelou que, até o momento, não recebeu nenhum tipo de amparo por parte da atleta ou da sua defesa. A falta de suporte tem causado transtornos significativos em sua rotina, uma vez que ela está afastada do trabalho com um atestado de 30 dias, devido às lesões causadas pelo acidente.
Nas imagens de uma câmera de segurança que capturaram o momento da colisão, é possível ver Jaqueline atingindo Cibelle, que estava a pé, e em seguida deixando o local sem prestar socorro. Segundo a vítima, a jogadora agiu de forma sarcástica e chegou a rir de maneira debochada após o acidente. Com a perna engessada, hematomas pelo corpo e dores intensas, Cibelle enfrenta não apenas os problemas físicos, mas também os impactos emocionais dessa situação.
Além das consequências no âmbito profissional, a técnica de enfermagem também ressaltou os impactos em sua vida pessoal. Ela e seu marido são donos de um terreiro de Umbanda, onde Cibelle exerce o cargo de mãe de santo. Com eventos e compromissos importantes se aproximando, ela se vê impossibilitada de participar devido às dificuldades de locomoção decorrentes das lesões causadas pelo acidente. O esposo da vítima, que é motorista de aplicativo, também está sem trabalhar desde o ocorrido, tendo que cuidar de todas as necessidades da esposa.
O dano psicológico provocado pela situação é evidente para Cibelle, que expressa sua frustração com tudo o que precisará deixar de fazer por conta das sequelas do acidente. A falta de sono, os pesadelos e a indignação com a postura da jogadora, que segue com sua vida sem se importar com as consequências de suas ações, são aspectos que a vítima ressalta como parte do seu sofrimento. O Metrópoles tentou contato com Jaqueline Ribeiro, sem sucesso até o momento.
A Secretaria da Segurança Pública informou que o exame pericial realizado não constatou ingestão de bebida alcoólica por parte da jogadora. O caso foi registrado como lesão corporal culposa na direção do veículo e fuga do local de acidente. Enquanto aguarda por justiça e por apoio, Cibelle enfrenta uma situação que vai muito além do acidente em si, mas que reflete em toda sua vida e de sua família. O desamparo e a impunidade geram sentimentos de revolta e indignação em uma vítima que busca por reparação e respeito.