Professora é brutalmente assassinada em Águas Lindas de Goiás: caso choca a comunidade e levanta debate sobre feminicídio

Uma tragédia chocou a cidade de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, quando a professora Aniely Paula da Silva Alves de Araújo Vieira, de 30 anos, foi brutalmente morta pelo seu ex-marido após uma discussão. O crime ocorreu na última terça-feira (19) e o autor do feminicídio se apresentou espontaneamente à delegacia, confessando o ato segundo informações do delegado Vinícius Máximo.

Segundo relatos do ex-marido da vítima, eles estavam separados e Aniely foi até a casa dele para buscar alguns móveis. No entanto, durante a separação dos pertences, uma discussão acalorada teve início e a situação saiu do controle, levando o homem a estrangular a ex-companheira até a morte. O autor do crime foi ouvido e liberado pela polícia, que agora investiga o caso em conjunto com o Grupo de Investigação de Homicídios de Águas Lindas de Goiás.

A Polícia Científica apontou que a causa da morte de Aniely foi por asfixia mecânica, reforçando a versão apresentada pelo ex-marido. Este relatou que a vítima o havia ameaçado, bem como a familiares, durante a briga que resultou na tragédia. Apesar do arrependimento demonstrado pelo autor do feminicídio, ele alegou não ter pensado em fugir, pois deseja enfrentar as consequências de seus atos.

A comunidade onde a professora Aniely atuava lamentou profundamente a sua morte nas redes sociais, prestando condolências à família e amigos enlutados. O velório da vítima está marcado para acontecer nesta sexta-feira (22) no Cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga. O caso levanta mais uma vez a discussão sobre a violência contra as mulheres no Brasil e a importância de políticas de prevenção e combate ao feminicídio.

O homicídio da professora Aniely Paula em Águas Lindas de Goiás se soma a uma triste estatística de violência doméstica no país, reforçando a necessidade de uma mudança cultural e estrutural que proteja as mulheres de relacionamentos abusivos e letais. A justiça deve ser feita no caso e o responsável pelo crime deve ser punido de acordo com a gravidade do seu ato, a fim de que casos como esse não se repitam e mais vidas sejam preservadas.

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Cremego repudia prisão de médica em hospital de Goiás: caso em apuração

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) manifestou repúdio e lamentou a conduta dos policiais civis que levaram uma médica do Hospital Estadual de Trindade para a delegacia após exigirem atendimento prioritário. O caso, que aconteceu durante um plantão, gerou indignação e preocupação em relação à segurança e respeito aos profissionais de saúde. A polícia informou que a situação está sendo apurada pela Corregedoria da instituição, garantindo que todas as providências serão tomadas para esclarecer os fatos.

No episódio, a médica relatou que os policiais desrespeitaram as normas do hospital ao exigirem prioridade na realização de um exame de corpo de delito, interrompendo o atendimento de outros pacientes. Ela solicitou que aguardassem do lado de fora, porém um dos policiais se irritou e a intimou. Após a realização do exame, os policiais retornaram e a médica foi surpreendida com a voz de prisão, sendo obrigada a segui-los para a delegacia, em meio a um ambiente hospitalar lotado de pacientes.

Na delegacia, a médica foi submetida a abusos psicológicos pela policial envolvida na prisão, que tentou coagi-la e a intimidou com ameaças relacionadas a um possível processo por falso testemunho. Após prestar depoimento, a profissional foi liberada, porém, devido aos acontecimentos, não conseguiu finalizar seu plantão devido ao abalo emocional sofrido. A advogada da médica afirmou que medidas serão tomadas contra o estado em busca de reparação pelos danos morais e pela defesa da inocência de sua cliente.

O Hospital Estadual de Trindade lamentou o ocorrido e afirmou estar colaborando com a apuração dos fatos, reforçando seu compromisso com o atendimento de qualidade à população e apoio aos profissionais de saúde. O Cremego emitiu uma nota de repúdio à prisão da médica, destacando a importância de se apurar o caso de forma rigorosa e garantindo que serão tomadas as devidas providências para que situações como essa não se repitam.

Espera-se que as autoridades responsáveis, incluindo o governador Ronaldo Caiado, intervenham de maneira firme e justa nesse episódio, assegurando a segurança e respeito aos profissionais de saúde que atuam no estado de Goiás. A saúde pública já enfrenta desafios e dificuldades, e os médicos não podem ser expostos a mais formas de agressão e desrespeito em seu ambiente de trabalho. É fundamental que casos como esse sejam tratados com seriedade e responsabilidade, visando a integridade e valorização dos profissionais de saúde.

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