Lewis Hamilton, heptacampeão da Fórmula 1, admitiu ter considerado não retornar à Mercedes após o difícil GP de São Paulo. O britânico, que terminou em décimo na corrida principal e 11º na sprint, confessou que, ao cruzar a linha de chegada em Interlagos, pensou que poderia ser sua última vez competindo pela equipe.
“Naquele momento, realmente não queria voltar depois de um fim de semana como aquele. É frustrante enfrentar uma temporada como esta, mas estou aqui, firme, e vou dar tudo de mim nas últimas corridas”, afirmou Hamilton em entrevista em Las Vegas, antes da penúltima etapa do campeonato.
O piloto, que já havia anunciado sua transferência para a Ferrari antes do início da temporada, vive seu pior desempenho em 20 anos de carreira. Atualmente na sétima posição no campeonato, ele enfrenta dificuldades com o carro da Mercedes, especialmente em comparação ao desempenho de seu companheiro, George Russell, que terminou em quarto no Brasil.
Hamilton esclareceu que a ideia de abandonar o contrato foi passageira e garantiu que segue motivado para encerrar sua jornada na Mercedes com dedicação. “Mesmo saindo, quero dar o meu melhor para a equipe nas próximas corridas. Se tiverem um carro competitivo, espero conseguir melhores resultados.”
A declaração veio acompanhada de uma resposta a comentários recentes de Toto Wolff, chefe da Mercedes, que em um livro mencionou a importância de identificar quando um piloto atinge seu pico de desempenho. Hamilton minimizou a questão: “Sinto-me mentalmente no melhor lugar que já estive este ano. Apesar do quão ruim foi a última corrida, ainda estou aqui, lutando.”
Com sua saída da Mercedes e o anúncio do jovem italiano Kimi Antonelli como sucessor antecipado, Hamilton encerra um capítulo histórico na equipe. Mesmo enfrentando desafios, ele busca finalizar a temporada com dignidade e deixar um legado para a escuderia que o acompanhou em momentos de glória.