Paulo Cappelli é um jornalista conhecido por suas investigações e reportagens polêmicas. Em um de seus artigos mais recentes, ele traz à tona informações sobre o empresário argentino Fernando Cerimedo, estrategista de Javier Milei, presidente da Argentina. Segundo um relatório da Polícia Federal (PF), Cerimedo teria sido indiciado por participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022, juntamente com outras 36 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
No centro da polêmica está uma live realizada por Cerimedo em novembro de 2022, na qual ele apontou uma suposta fraude nas eleições que elegeram Lula como presidente do Brasil. O empresário, que administrava o canal “La Derecha Diário” no YouTube, apresentou um dossiê que alegava ter evidências de que houve manipulação nos resultados eleitorais. Essas alegações foram posteriormente divulgadas por apoiadores de Bolsonaro, gerando repercussão na mídia e nas redes sociais.
Cerimedo se autointitulava como um apoiador de Bolsonaro e afirmava ter colaborado na campanha presidencial de 2018. Ele também revelou ter se encontrado com Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, pouco antes do segundo turno das eleições de 2022. O empresário apresentou como principal argumento para a suposta fraude o fato de que cinco modelos de urnas eletrônicas teriam registrado mais votos para Lula do que para Bolsonaro, alegando que essas urnas não teriam passado por testes de segurança.
No entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu as alegações de Cerimedo, demonstrando que todos os modelos de urnas eletrônicas usados nas eleições de 2022 foram submetidos a testes rigorosos realizados por instituições renomadas. O relatório final do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.
Em 2023, Fernando Cerimedo passou a atuar como estrategista digital na campanha do candidato à presidência da Argentina, Javier Milei. Em entrevistas à imprensa local, Cerimedo admitiu utilizar estratégias controversas, como o uso de “fazendas de trolls”, para promover o engajamento do público e disseminar informações negativas sobre os adversários de Milei. Essas táticas ajudaram o candidato de direita a conquistar o apoio de jovens eleitores descontentes com a política tradicional e levaram à sua vitória nas eleições de agosto do ano passado.
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