PRF inicia operação para desmobilizar manifestações em Goiás

Está à disposição de todos o DISQUE-ESCOLTA, que pode ser acionado através do telefone 3201-6101, que será cadastrado e inserido no plano de ação para a garantia do deslocamento

A PRF, na tarde da última terça-feira (29), desenvolveu ações em pontos de manifestação, orientando os caminhoneiros que desejam deixar os locais de concentração, sendo assegurado o livre trânsito dos que pretendem continuar suas viagens. Um dos pontos de maior concentração é na BR-153, Km 517, em Aparecida de Goiânia, onde cerca de 300 caminhões estão estacionados no pátio de um posto de combustíveis, às margens da rodovia.

Os agentes da PRF estiveram no local, conversaram com as lideranças e com os demais motoristas e, em torno de 40 caminhões seguiram viagem sem registro de problemas enfrentados. Entre as medidas tomadas pela instituição está a garantia de escolta de veículos, não só dos que estão transportando produtos hospitalares, perecíveis ou combustíveis, mas todo e qualquer caminhoneiro que queira seguir viagem.

Esta ação está sendo feita de forma coordenada com outras forças de segurança, como a Polícia Militar e o Exército Brasileiro e visa dar maior robustez e segurança aos cidadãos. Está à disposição de todos o DISQUE-ESCOLTA, que pode ser acionado através do telefone 3201-6101, que será cadastrado e inserido no plano de ação para a garantia do deslocamento.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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