Empresário acusado de estupro ganha liberdade após vídeo contraditório: polêmica em Goiânia

Após a repercussão do caso do empresário suspeito de dopar e estuprar um homem em Goiânia, a polêmica sobre a sua liberdade ganhou destaque na mídia. O habeas corpus foi concedido após a defesa do empresário apresentar um vídeo que questionava a versão da vítima de que estaria inconsciente durante o ato. O vídeo mostrava os dois homens se beijando no elevador, o que levantou dúvidas sobre a alegação da vítima.

O empresário Pedro Felipe Xavier Santos, de 32 anos, foi solto depois de passar quase dez dias na prisão. A juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães destacou que o comportamento documentado no vídeo mostrava plena consciência da vítima durante os atos registrados. No entanto, o advogado da vítima, Rodrigo Lustosa, afirmou que houve crime e que a autoridade policial enxergou indícios de autoria da infração penal.

Em entrevista à TV Anhanguera, o empresário negou as acusações e afirmou que conheceu a vítima durante um show de pagode, onde trocaram poucas palavras e não beberam juntos. Ele relatou que o homem pediu para dormir em sua casa, e que após diversas relações sexuais, a vítima acordou chorando, arrependida por ter terminado um relacionamento recentemente. Pedro Felipe afirmou que tudo ocorreu com consentimento e que a despedida foi amigável.

A versão da vítima, no entanto, foi de ter sido dopada e abusada pelo empresário. Ele procurou a polícia logo após deixar o apartamento, alegando que perdeu a consciência e acordou sem roupa, com o suspeito tentando ter relações sexuais sem consentimento. O delegado responsável pelo caso indiciou o empresário por estupro de vulnerável, aguardando o resultado do exame para confirmar se houve dopagem.

O caso segue em segredo de justiça, e o Ministério Público de Goiás irá decidir se acusa ou não o empresário do crime. Mesmo com a liberdade concedida, o empresário enfrenta acusações graves e a repercussão do caso levanta debates sobre os crimes de abuso sexual e estupro. A polícia continua investigando, enquanto as versões do acusado e da vítima seguem contrastantes, aguardando a resolução judicial para esclarecer os fatos.

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Extrema direita vence disputa cultural, diz Boulos: desafio para a esquerda

Extrema direita está conseguindo vencer a disputa cultural, diz Boulos

Em uma entrevista ao portal, Guilherme Boulos reflete sobre a derrota nas eleições municipais de São Paulo e aborda as dificuldades enfrentadas pela esquerda. Ele destaca a luta contra supersalários e a jornada de trabalho de 6×1 como pautas que dialogam com um público empreendedor, com o qual a esquerda tem encontrado desafios de comunicação. Boulos reconhece a dificuldade de dialogar com milhões de trabalhadores das periferias, enfatizando a importância de uma disputa de valores eficaz para atrair essa parcela da sociedade.

A ascensão da extrema direita é um fenômeno global, segundo Boulos. Ele aponta que esse segmento tem conseguido vencer a disputa cultural na sociedade, culpando a esquerda por questões como desemprego e falta de perspectivas. O discurso da extrema direita se baseia na ideia de que o Estado é problemático e de que cada um deve ser por si mesmo, alimentando uma falsa meritocracia. Boulos destaca que a esquerda precisa encontrar uma forma de se comunicar de maneira mais eficaz com esse público.

O deputado reforça a importância da pauta da redução da jornada 6×1, que historicamente é defendida pelos movimentos sociais e sindicais de esquerda. Ele ressalta que, apesar do cenário desafiador, essa pauta tem ganhado destaque com iniciativas como a mobilização do movimento VAT e a PEC proposta por Erika Hilton. A pressão popular, principalmente nas redes sociais, tem contribuído para impulsionar a discussão no Congresso Nacional, mostrando que mesmo em meio ao avanço da extrema direita, as pautas da esquerda ainda têm espaço de mobilização.

Boulos também se posiciona contra a anistia aos envolvidos no episódio do 8 de janeiro, destacando a necessidade de responsabilização daqueles que ultrapassam a linha vermelha do golpe contra a democracia. Ele ressalta que a sociedade precisa acertar as contas com seus traumas históricos para evitar a repetição de eventos que colocam em risco a democracia brasileira. A questão da anistia é essencial para preservar os valores democráticos e impedir que atentados contra a democracia fiquem impunes.

Em relação à sua atuação política e futuros planos, Boulos reforça a importância da coerência com suas bandeiras e valores. Ele destaca que não pretende ceder a pressões externas e mantém o foco em sua trajetória política. Quanto à possibilidade de assumir um ministério ou secretaria, Boulos ressalta que seu compromisso é com o mandato que recebeu do povo e de honrá-lo da melhor forma possível.

Por fim, Boulos enfatiza que não está pensando em futuras eleições no momento, após uma campanha intensa e marcada por desafios. Ele destaca a importância da relação entre seu partido, PSol, e o PT, evidenciando uma colaboração mútua e apoio durante a campanha eleitoral. Boulos rejeita a ideia de mudar de partido e reforça sua confiança nas relações políticas estabelecidas até o momento.

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