Juan Arias, o renomado jornalista e escritor, passou seus últimos anos em Saquarema, uma charmosa cidade do Estado do Rio de Janeiro. Aos 92 anos, faleceu ontem, deixando um legado de sabedoria e generosidade.
Ao chegar a São Paulo em 2014 como correspondente e chefe de delegação da edição brasileira do EL PAÍS, os chefes de OPAS sugeriram que qualquer dúvida sobre o Brasil deveria ser direcionada a Juan Arias, que se mostrou um guia essencial para desbravar as nuances e desafios desse país fascinante e complexo.
Saquarema, o refúgio de Juan Arias, revelou-se como um cenário de paredes coloridas, mobília simples e uma vista privilegiada para o mar azul e a praia infinita. Na companhia de sua esposa, a escritora Roseana Murray, Juan compartilhava sua sabedoria e experiências, mostrando-se um verdadeiro mestre para todos que cruzavam seu caminho.
Com uma extensa trajetória que incluiu passagens pelo jornal Pueblo, correspondência em Roma para o EL PAÍS e a promoção do diálogo entre culturas, Juan Arias deixou um legado de conhecimento e humanidade. Seu papel como mentor para jovens jornalistas foi fundamental para o desenvolvimento da imprensa brasileira.
A história de amor entre Juan e Roseana simbolizava a coragem de deixar tudo para trás em busca da felicidade e do propósito. Em meio a memórias e reflexões, Juan Arias encarava a morte com a mesma lucidez e serenidade que guiaram sua vida e carreira.
O legado de Juan Arias transcende fronteiras e gerações, inspirando aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo e aprender com sua vasta experiência. Sua presença será lembrada não apenas pelos textos e palestras, mas também pelos momentos simples de caminhadas na praia e sorrisos compartilhados.
Juan Arias, rest in peace.