O senador e ex-juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro, afirmou que é inviável fazer qualquer juízo de valor a respeito dos 37 nomes indiciados pela Polícia Federal por suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Moro ressaltou que só será possível formar uma opinião depois que o relatório da PF se tornar público. Em suas redes sociais, o parlamentar destacou a importância de não se basear em informações isoladas sobre o indiciamento para orientar a opinião pública.
Moro, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, rompendo com a família do ex-presidente devido a tentativas de interferência política na PF, foi eleito senador pelo Paraná em 2022. Durante a campanha eleitoral, o ex-juiz buscou se aproximar de Bolsonaro, colando sua imagem ao ex-chefe do Executivo.
Na lista de indiciados, além de Jair Bolsonaro, estão ex-colegas de Esplanada de Moro, como os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal Alexandre Ramagem. Todos os nomes foram indiciados por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O resultado do inquérito foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Moro destaca a importância de aguardar a divulgação do relatório para formar uma opinião consistente sobre os fatos. O ex-juiz ressalta que a opinião pública não deve ser influenciada por informações fragmentadas sobre o indiciamento.
É fundamental aguardar a conclusão do processo e a divulgação do relatório da PF para que sejam feitos juízos de valor mais acertados sobre o caso. Moro reforça a importância de se basear em informações completas e transparentes antes de emitir qualquer conclusão a respeito dos indiciados. A sociedade aguarda pela divulgação do relatório para entender melhor os desdobramentos desse caso.