Doação de Sangue em Campinas: Hemocentros enfrentam queda de doadores recorrentes, campanhas são intensificadas para garantir o abastecimento

Os hemocentros da região de Campinas têm enfrentado um desafio preocupante: a queda de 20,44% no número de doadores recorrentes de sangue entre 2023 e 2024. Diante dessa diminuição, as instituições acionaram planos de contingência e estão promovendo campanhas de conscientização por meio de mídia de massa, como TV, rádio, jornal e painéis digitais. Uma dessas ações é a Semana do Doador de Sangue, iniciativa realizada pelo Centro de Hematologia Campinas e o Centro de Hematologia Americana, com o objetivo de sensibilizar a população.

Segundo os centros de Hematologia, é esperado que haja quedas no número de doadores em determinados períodos do ano, como no final do ano e durante as férias de julho. No entanto, o ano de 2024 apresentou uma diminuição mais generalizada ao longo de todo o ano. Eduardo Baungartner, analista executivo do Hemocentro da Unicamp, destaca que, mesmo entre os doadores recorrentes, houve uma queda significativa, o que tem sido observado em todo o país.

A média de doadores recorrentes no Hemocentro da Unicamp diminuiu de 45-46% para 35%, entre 2023 e 2024. Os meses de janeiro e agosto foram os únicos a apresentarem índices melhores, possivelmente devido às campanhas realizadas nesses períodos. Para evitar situações de desabastecimento crítico, os hemocentros têm adotado um plano de contingência que envolve a gestão cuidadosa dos insumos disponíveis, podendo até mesmo reagendar cirurgias eletivas em casos extremos.

Uma das hipóteses para a queda no número de doadores nos últimos meses é o aumento dos períodos chuvosos e do frio, bem como os feriados, que costumam inibir a presença de doadores. Além disso, eventos como as eleições também podem impactar as doações. A pandemia de Covid-19 também teve um efeito importante, com quedas mais acentuadas e frequentes na doação de sangue. Baungartner ressalta a importância de manter um percentual adequado de doadores para suprir as demandas de procedimentos médicos.

Com a proximidade do período de festas, a preocupação dos hemocentros aumenta, pois historicamente há uma queda significativa no número de doadores em dezembro. O carnaval em março de 2025 também preocupa, já que o período de férias pode reduzir ainda mais a disponibilidade de doadores. Para ser um doador de sangue, é necessário atender a alguns requisitos, como estar bem de saúde, ter entre 16 e 67 anos, pesar no mínimo 50 kg e não estar em jejum.

Os hemocentros de Campinas, como o Centro de Hematologia Campinas e o Centro de Hematologia Americana, têm disponibilizado informações sobre horários e locais de doação para facilitar o acesso dos doadores. É fundamental que a população se sensibilize e participe ativamente desse ato solidário, garantindo o abastecimento de sangue para atender às necessidades dos hospitais e pacientes. A doação de sangue é um gesto de amor e solidariedade que pode salvar vidas.

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Desaparecimento do filho em acidente aéreo: mãe aguarda respostas após 3 anos

Há três anos, a empresária Ana Regina Agostinho vive na incerteza do desaparecimento de seu filho, José Porfírio de Brito Júnior, que estava como copiloto do avião que caiu no mar em Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo, em 24 de novembro de 2021. Desde então, apenas o corpo do piloto Gustavo Carneiro foi encontrado, enquanto José e o empresário Sérgio Alves Dia Filho continuam desaparecidos, assim como a fuselagem da aeronave.

Ana Regina expressa sua esperança de um desfecho sobre o paradeiro de seu filho, mesmo após três anos de angústia. Ela cobra das autoridades, como o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), uma maior atenção para o caso do acidente. A mãe enfatiza a falta de respostas e a omissão das autoridades diante da situação.

A busca por informações sobre o acidente envolvendo seu filho tornou-se um desafio para Ana Regina, que chegou a iniciar um curso de mergulho para tentar encontrar alguma pista sobre José. No entanto, a falta de condições físicas a impediu de prosseguir. Ela deposita sua esperança na liberação da pesca na região do mar onde o avião caiu, contando com a ajuda dos caiçaras locais para obter mais informações.

O desamparo e a falta de amparo das autoridades foram ressaltados por Ana Regina, que lamenta o descaso com os acidentes no mar, evidenciado pela não devolução da poltrona da aeronave retirada do mar. Apesar das adversidades, a mãe mantém sua fé e aguarda por respostas que possam esclarecer o caso do desaparecimento de seu filho.

O Cenipa afirmou que a investigação do acidente está em andamento e que a divulgação do relatório final será feita assim que a conclusão das investigações for alcançada. As buscas feitas por amigos, celebridades e autoridades em 2021 não foram suficientes para localizar os desaparecidos, o que resultou na suspensão das operações de busca após a completa verificação da área do acidente.

Em meio à dor e à incerteza, Ana Regina segue com seu coração de mãe cheio de esperança, aguardando por um desfecho que traga algum alívio para a dor que carrega há três longos anos. A busca incessante por respostas e a luta por justiça continuam a nortear seus passos em meio à angústia causada pelo desaparecimento de seu filho.

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