Mulher de 63 anos perde R$12 milhões em golpe do genro: entenda a história

A sogra, de 63 anos, que denunciou ter perdido cerca de R$ 12 milhões após sofrer um golpe do genro, em Goiânia, justificou ter feito transferências bancárias ao homem ao afirmar que ele tinha grande poder de convencimento. De acordo com o advogado da vítima, ela transferiu dinheiro ao genro entre 2018 e 2022 acreditando estar fazendo investimentos financeiros.

“Acreditei mais nele do que nos meus próprios filhos. Ele sempre dava garantias, dizia que estava tudo bem. Assinei contratos sem ler, coisa que nunca havia feito. Agora, só me resta tentar reaver pelo menos parte disso judicialmente”, disse a mulher em declaração enviada pelos advogados.

O DE entrou em contato por mensagem e ligação com os advogados de defesa do genro suspeito do golpe para um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. De acordo com o advogado Leonardo Lacerda Jubé, que representa a defesa da mulher, ela está arrasada, com problemas de saúde e depressiva.

“Ele levou todo o meu valor líquido, tudo o que eu tinha. Não me conformo. Fiz para ele o que jamais fiz em minha vida inteira”, afirmou a idosa.

As transferências foram realizadas entre 2018 e 2022, informou o advogado da mulher, Leonardo Lacerda Jubé. Ele ainda detalhou que o dinheiro perdido no golpe reunia as economias da idosa e uma herança que ela havia recebido do próprio pai e pretendia deixar para os três filhos e netos.

O advogado ainda explicou que a idosa começou a desconfiar do genro quando, em 2022, soube que ele havia perdido um valor de R$ 20 milhões. A defesa dela ainda contou que, nessa época, ela chegou a tentar saber informações mais sobre os investimentos, mas o genro teria se negado a passar detalhes sobre o dinheiro e falou que havia sofrido perdas, especialmente em bitcoins. Foi nesse momento em que a mulher decidiu procurar ajuda jurídica.

Em declaração enviada pelos advogados, a idosa disse ainda que os outros dois filhos que ela tem também saíram prejudicados com o golpe e que agiu em total confiança ao genro.

Em 2023, a defesa da idosa fez uma notificação em cartório para formalizar um requerimento de prestação de contas por parte do genro, que não deu esclarecimentos sobre o dinheiro. “Recebemos uma resposta de que ele não tinha contas a prestar, que era uma questão familiar e quem deveria tomar conta das contas era a minha cliente, em tese de que ela administrava mal as próprias contas”, narrou o Leonardo Jubé.

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Homem morre após beber garrafa de cachaça em aposta fatal, diz polícia

Homem morre após beber garrafa de cachaça para ganhar aposta, diz polícia

Delegado revelou que outro participante confirmou o desafio com bebida
alcoólica. Samu foi acionado e informou que a vítima foi encontrada morta no
local.

Um homem de 31 anos morreu após consumir uma garrafa de bebida alcoólica durante uma aposta feita em uma distribuidora de bebidas de Anápolis, a 55 km de Goiânia, segundo o delegado Cleiton Lobo, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). Ele investiga se o consumo em excesso de álcool foi a causa da morte.

O caso aconteceu no domingo (24). A assessoria do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) informou que, por volta das 9h30, uma pessoa ligou para o serviço de urgência e informou que um homem estava passando mal em uma distribuidora de bebidas, localizada no Jardim Alexandrina, em Anápolis. À equipe, foi informado que ele apresentava “sinais de embriaguez”.

> “Foram realizadas orientações médicas e, após alguns minutos, foi encaminhada a unidade de suporte avançado para verificação do caso”, relatou o Samu.

Entretanto, conforme a equipe de resgate, foi constatada a morte da vítima no
local. Após isso, a Polícia Militar de Goiás (PM-GO) e o Instituto Médico Legal
(IML) foram acionados. De acordo com o Samu, o corpo ficou sob responsabilidade
da PM-GO.

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INVESTIGAÇÃO

Cleiton Lobo contou que um participante confirmou que foi feito o desafio com bebida alcoólica no estabelecimento.

> “Sobre a aposta, ela existiu e está comprovada por um dos envolvidos”, disse o delegado, ao DE.

Em relação se esse tipo de aposta é praticada na distribuidora de bebidas, o delegado Cleiton Lobo afirmou que não há indícios desta modalidade no local. “Foi algo pontual envolvendo apenas a vítima e o apostador”, acrescentou.

De acordo com o delegado, se comprovar que a causa da morte foi a ingestão de bebida em excesso, o outro participante do desafio poderá ser indiciado. “Se houver indiciamento, não será por crime doloso, devido à morte ter ocorrido por uma conduta imprudente por parte do apostador”, afirmou Cleiton.

Cleiton ressaltou que a polícia aguarda a conclusão do laudo da Polícia Técnica-Científica, que apontará a causa da morte. “Há informações de que a vítima pode ter tido um infarto por causas naturais, devido a dores que ela mesma reclamava”, revelou o delegado.

O DE não conseguiu contato com
o apostador até a última atualização desta reportagem.

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