Professor de jiu-jitsu preso por estupro de vulnerável: vítimas contam os abusos

Uma das vítimas do professor de jiu-jitsu Alcenor Alves Soeiro, 57 anos, preso suspeito de estupro de vulnerável e exploração sexual, contou em entrevista à Rede Amazônica que não sabia como reagir aos abusos. O homem foi detido, no último sábado (23), em Santa Catarina.

Contra ele havia um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça do Amazonas, cumprido na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. O professor estava na cidade catarinense para participar de uma competição de jiu-jitsu como treinador de crianças e adolescentes.

Segundo a Polícia Civil, ele é suspeito de abusar sexualmente de atletas há pelo menos 15 anos. Conforme a decisão da Justiça do Amazonas que determinou a prisão temporária de Alves, o treinador coagiu vítimas e testemunhas.

As denúncias surgiram depois que três lutadores, entre eles, Matheus Gabriel, de 28 anos, procuraram a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), em Manaus.

O atleta, que atualmente mora e treina nos Estados Unidos, contou que o primeiro abuso aconteceu quando ele tinha 11 anos de idade. Ele lembra que acordou com o zíper da calça aberto.

Matheus, que já foi campeão sul-americano, panamericano e mundial, contou ainda que, na época, eles viajavam com frequência para participar de competições em outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo.

De acordo a polícia, depois de conquistar a confiança da vítima e da família, o treinador de jiu-jitsu levava os atletas para ficarem na casa dele. Ainda durante as investigações, a polícia identificou que a maioria dos abusos aconteciam à noite, enquanto os meninos estavam dormindo.

O garoto de 15 anos lembra que começou a treinar aos 6 anos e, aos 9, passou a morar com o treinador. Eles dividiram a mesma residência até agosto deste ano.

A delegada também informou que o professor possuía mídias dos abusos que cometidos por ele contra crianças e adolescentes.

O delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, aproveitou a oportunidade para alertar os pais sobre a importância de fazer denúncias nesses casos. Ele também ressaltou a necessidade de estar atento aos sinais dados pelos filhos, já que esse tipo de crime causa traumas para a vida inteira.

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Aumento da fome pós-enchentes no RS: Banco de Alimentos como esperança

O aumento de famílias em situação de pobreza no RS após as enchentes surpreendeu a todos, elevando a insegurança alimentar para 18,7% dos lares gaúchos. Uma realidade que emergiu após a tragédia foi a fome, que não era conhecida por muitos antes do desastre. Neste cenário desolador, as doações do Banco de Alimentos tornaram-se essenciais para ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade alimentar, oferecendo um raio de esperança em meio ao caos.

O impacto das enchentes continua a prejudicar a população gaúcha, mostrando que os estragos não se limitam aos entulhos e paredes danificadas. A pobreza no estado cresceu 15,4% desde maio, de acordo com dados do governo. A situação das famílias no CadÚnico revela um cenário alarmante, com um aumento significativo no número de famílias em situação de baixa renda, agravando ainda mais a insegurança alimentar nos lares do RS.

A falta de comida está diretamente relacionada à pobreza, tornando a aquisição de alimentos ainda mais desafiadora para aqueles que possuem menos recursos financeiros. A solidariedade tem sido a principal aliada neste momento difícil, com exemplos como o de Erondina Ribeiro Fragoso, uma passadeira aposentada que se vê obrigada a dividir sua casa, agora debaixo d’água, com sua filha, netos e bisnetos.

A história de Clair Mack Germann ilustra bem os desafios enfrentados pelas famílias após as enchentes, que levaram não apenas seus pertences, mas também sua fonte de renda, no caso, seu ateliê de costura. Mesmo diante das adversidades, a solidariedade e as doações de alimentos têm sido fundamentais para que essas famílias consigam reconstruir suas vidas aos poucos.

A prioridade agora é garantir que essas famílias tenham o que comer, mesmo diante das condições precárias em que se encontram. Para muitos, como André Cabeleira da Silva, a comida na mesa depende exclusivamente de doações, já que a enchente impactou diretamente em sua fonte de renda. Doações de alimentos simples fazem toda a diferença para essas famílias, que enfrentam a difícil realidade de não ter comida suficiente para alimentar seus filhos.

A solidariedade e a generosidade daqueles que se dispõem a ajudar são fundamentais para garantir que as famílias atingidas pelas enchentes no RS tenham o mínimo necessário para sobreviver. Em um momento tão desafiador, como o Natal, a solidariedade se torna ainda mais essencial, levando esperança e conforto para aqueles que mais precisam. A gratidão daqueles que recebem essas doações reflete a importância desse gesto de caridade e empatia em tempos difíceis.

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