Uma grave denúncia chocou o país recentemente: um professor de jiu-jitsu foi preso sob a acusação de estupro de vulnerável e exploração sexual de seus alunos. De acordo com informações da polícia, o suspeito, identificado como Alcenor Alves Soeiro, de 56 anos, teria cometido os crimes entre os anos de 2011 e 2018. Pelo menos 12 vítimas já foram identificadas, e outras seis estão aguardando para prestar depoimento, revelando a extensão dos abusos.
O caso veio à tona quando um atleta amazonense, hoje com 23 anos, utilizou as redes sociais para relatar os abusos que sofreu dos 10 aos 14 anos. Segundo o relato da vítima, o professor Alcenor Alves teria dado remédios para as crianças dormirem durante viagens em grupo e aproveitava esses momentos para cometer os crimes. O mestre de jiu-jitsu foi preso enquanto participava de uma competição em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
As investigações tiveram início após três lutadores procurarem a Polícia Civil para denunciar Alcenor Alves. A prisão do suspeito encorajou outras vítimas a compartilharem os traumas que sofreram durante a infância. Um dos jovens abusados relatou que o treinador o masturbava, beijava e praticava sexo oral com ele quando ainda era uma criança de apenas 10 anos. O abusador utilizava de manipulação e promessas para manter as vítimas em silêncio.
A delegada responsável pelo caso revelou que o professor abusador oferecia presentes e favores aos atletas, induzindo-os a permanecer em silêncio sobre os crimes. Muitas vítimas, enfeitiçadas pela fama do mestre de jiu-jitsu, sentiam vergonha de relatar os abusos aos pais. A descoberta desses abusos despertou a necessidade de uma intervenção multidisciplinar para acolher e ouvir as vítimas.
Além dos abusos sexuais durante viagens e nas residências do agressor, a equipe de investigação teve acesso a materiais pornográficos envolvendo possíveis vítimas. A delegada também informou que o suspeito planejava fugir para Dubai e chegou a tentar coagir algumas vítimas para que não relatassem os crimes. O professor aguarda recambiamento para Manaus, onde responderá pelos crimes de estupro de vulnerável e favorecimento sexual, de acordo com a lei.
Diante dessas graves acusações e do impacto que causaram na vida das vítimas, é essencial que a justiça seja feita e que o agressor seja responsabilizado pelos seus atos. O caso reforça a importância de estar atento aos sinais de abuso e assegurar que crianças e adolescentes tenham espaço seguro para denunciar situações de violência. Espera-se que a conclusão das investigações traga alívio às vítimas e suas famílias, e que medidas preventivas sejam tomadas para evitar que casos semelhantes ocorram no futuro.