Olaf Scholz é escolhido candidato à reeleição na Alemanha: saiba mais sobre a decisão do SPD

Chanceler Olaf Scholz é nomeado candidato à reeleição na Alemanha

Atual chanceler foi escolhido por unanimidade pela direção do Partido Social
Democrata para disputar eleições antecipadas de 23 de fevereiro

A direção do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) anunciou nesta
segunda-feira (25/11) ter escolhido por unanimidade entre seus 33 membros o
chanceler federal alemão, Olaf Scholz, como candidato à reeleição nas eleições gerais antecipadas, agendadas para 23 de fevereiro.

O anúncio foi feito pela copresidente do SPD Saskia Esken em uma coletiva de
imprensa na sede do partido em Berlim. Os membros da legenda deverão validar a
decisão em um congresso que acontecerá no próximo dia 11 de janeiro. A votação,
entretanto, é considerada apenas uma formalidade.

Esken, juntamente com o outro copresidente do SPD, Lars Klingbeil, e o próprio
chanceler, apresentaram a decisão da direção de um partido que confia mais uma
vez em Scholz para liderar o país após a crise política desencadeada pela
demissão do então ministro das Finanças e líder do Partido Liberal Democrático (FDP), Christian Lindner.

A decisão de Scholz causou o colapso da coalizão governamental tripartite que
SPD, Partido Verde e FDP formavam desde o final de 2021.

O chefe de governo ainda se submeterá a um voto de confiança no Bundestag, a
câmara baixa do Parlamento alemão, em 16 de dezembro. Sua derrota é tida como
certa, o que levará à dissolução do Parlamento e à antecipação das eleições, que
originalmente estavam programadas para setembro.

“A decisão de Scholz causou o colapso da coalizão governamental tripartite que SPD, Partido Verde e FDP formavam desde o final de 2021.”

“O SPD está entrando em modo de campanha”, disse Klingbeil depois de explicar
que a liderança do partido apoiou a candidatura de Scholz “de forma decidida” e
com atitude “combativa”.

Em seguida, Scholz tomou a palavra para agradecer a nomeação e prometer lutar na
próxima campanha eleitoral, em que o SPD defenderá, segundo ele, uma política
que faça o país “sair bem de situações difíceis”, como aquelas enfrentadas
atualmente pela DE, a maior economia da Europa e a terceira maior do DE.

Scholz declarou que defenderá uma política que mantenha o apoio à Ucrânia contra
a invasão da Rússia, que assegure empregos no país, e que melhore a vida de
aposentados, inquilinos com problemas no mercado habitacional e jovens famílias.
Também prometeu apresentar “propostas inteligentes” para financiar tudo de que o
país precisa.

O chanceler defendeu ainda que o “potencial de voto” do seu partido é elevado,
apesar de as pesquisas de intenção de voto apontarem o SPD atualmente como a
terceira força política do país, com 14% do apoio do eleitorado, atrás da
ultradireitista Alternativa para DE (AfD), com 19%, e distante da
aliança conservadora CDU/CSU, com 32%.

“Após o rompimento da coalizão governamental no início de novembro, houve um
debate dentro do SPD sobre se Scholz seria mesmo o candidato certo para
chanceler.”

“Tendo em vista os fracos índices de pesquisa do chefe de governo, vários
representantes do partido se manifestaram a favor do ministro da Defesa, Boris
Pistorius, que há algum tempo é apontado como o político alemão mais popular do
país pelas pesquisas de intenção de voto. Foi somente na quinta-feira que
Pistorius renunciou à sua candidatura, abrindo caminho para a indicação de
Scholz.”

“Entretanto, as disputas de bastidor em torno da questão sobre o candidato a
chanceler ainda repercutem no SPD. A liderança da legenda foi duramente
criticada no fim de semana durante o congresso nacional dos Jovens Socialistas
(Juso), a organização juvenil do SPD. O líder da Juso, Philipp Türmer, acusou os
líderes do partido Saskia Esken e Lars Klingbeil de fracasso na liderança.”

“Scholz é o terceiro candidato a chanceler indicado por seu partido para a
eleição antecipada de 23 de fevereiro de 2025, depois do conservador Friedrich
Merz, da União Democrata Cristã (CDU), e do atual vice-chanceler, Robert Habeck,
do Partido Verde.”

“Em 7 de dezembro, o comitê executivo da ultradireitista Alternativa para DE
(AfD) indicará a líder do partido, Alice Weidel, como candidata a
chanceler. Essa será a primeira vez em que haverá quatro candidatos a chanceler
em uma eleição para o Bundestag alemão.”

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Aneel libera bônus de R$ 1,3 bilhão da Usina Itaipu para reduzir contas de luz: Saiba como aproveitar o benefício

A Aneel liberou um bônus de R$ 1,3 bilhão da Usina Hidrelétrica Itaipu para reduzir as contas de luz dos consumidores residenciais e rurais. A medida visa contribuir com a capacidade de pagamento das famílias e ajudar no controle da inflação. O repasse do bônus foi aprovado pela Aneel e ocorrerá nas faturas de energia elétrica a partir de janeiro.

Mais de 78,3 milhões de unidades consumidoras, que representam 97% do total de unidades residenciais e rurais no país, serão beneficiadas com um crédito na fatura de energia elétrica do mês de janeiro de 2025. O bônus será concedido aos consumidores cujo consumo foi inferior a 350 kWh em 2023, dentro do Sistema Interligado Nacional, que abrange grande parte do território brasileiro.

A Tarifa-Bônus de Itaipu para o ano de 2023 foi estabelecida em R$ 0,011648844 por kWh. Para calcular o valor que o consumidor irá receber, basta multiplicar a Tarifa-Bônus pelo consumo mensal em kWh informado na fatura de energia de cada mês de 2023 em que o consumo foi inferior a 350 kWh. O valor total do bônus para o consumidor será a soma desses resultados mensais.

O valor total de R$ 1,3 bilhão do bônus de Itaipu é composto por diferentes parcelas, como o saldo positivo da conta de Itaipu em 2023, a devolução das distribuidoras em 2023, rendimentos de aplicações bancárias e ajustes referentes a anos anteriores. A gestão da Conta de Itaipu é de responsabilidade da ENBPar, que repassará o montante do bônus às distribuidoras do Sistema Interligado Nacional para que possam realizar o crédito nas faturas dos consumidores beneficiados.

A definição do valor do bônus de Itaipu é geralmente feita pela Aneel até junho de cada ano. No entanto, neste ano, o processo foi suspenso a pedido do Ministério de Minas e Energia, que avaliou a possibilidade de um repasse para auxiliar o estado do Rio Grande do Sul após as enchentes. A iniciativa visa ajudar a população nas regiões afetadas e contribuir para a recuperação da economia local.

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