Conselho do Corinthians recomenda impeachment de Augusto Melo: falta de balanços auditados levanta suspeitas

Conselho do Corinthians orienta impeachment de Augusto Melo

O argumento apresentado para a recomendação de impeachment foi a não apresentação dos balanços auditados

Se em campo o time do Corinthians vem apresentando organização e bons resultados, nos bastidores a situação do Timão se agrava. Na noite dessa segunda-feira (25/11), o Conselho de Orientação do Corinthians aprovou por unanimidade a recomendação de impeachment do presidente Augusto Melo.

Como base para o pedido, o conselho leva em conta uma suposta gestão temerária, não tendo relação com o outro processo que corre contra o mandatário do Timão por conta do contrato com a casa de apostas VaideBet.

O argumento apresentado para a recomendação de impeachment foi a não apresentação dos balanços auditados, além de outros documentos que deveriam ter sido entregues pela atual administração para a diretoria do Corinthians. A presidência do clube já havia sido questionada a respeito disso em outras reuniões. Por conta da falta de documentos, o Conselho de Orientação reprovou o balanço apresentado.

A partir desta decisão, o Conselho Deliberativo irá definir através de votação na quinta-feira (28/11) a destituição ou manutenção de Melo no cargo. Caso a maioria simples decida pela saída do presidente, Augusto Melo será afastado de maneira temporária até que seja realizada uma nova votação, desta vez com os sócios do clube.

Apesar do momento turbulento nos bastidores, em campo a equipe vive bom momento. No domingo (24/11), a equipe derrotou o Vasco por 3 x 1. Com mais este triunfo, o Timão saltou para a 9ª posição do Campeonato Brasileiro com 47 pontos.

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Baptista Júnior acusa Zambelli de pressioná-lo por golpe na FAB; deputada nega

Paulo Cappelli

Tenente-brigadeiro Baptista Júnior, que comandou a FAB no governo Bolsonaro, disse à PF que Zambelli o pressionou por golpe; deputada nega

Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) durante a suposta articulação de golpe de Estado, o tenente-brigadeiro Baptista Júnior afirmou à Polícia Federal (PF) que foi pressionado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) a aderir a plano para manter o então presidente Jair Bolsonaro na Presidência. O depoimento consta no relatório encaminhado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes à Procuradoria-Geral da República nesta terça-feira (26/11).

Diz o documento: “Baptista Júnior relatou que as pressões para anuir ao golpe de Estado ultrapassaram as redes sociais. O depoente disse que, no dia 08/12/2022, após a formatura dos aspirantes à oficial da FAB, na cidade de Pirassununga (SP), foi interpelado pela deputada federal Carla Zambelli com a seguinte indagação: ‘Brigadeiro, o senhor não pode deixar o Presidente Bolsonaro na mão’. O depoente afirmou que entendeu que a deputada estava propondo que aderisse a um ato ilegal”.

O tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, Almirante Gariner, chefe da Marinha sob Bolsonaro, foi indiciado pela PF. Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) é condenada por divulgar número telefônico de mulher que a chamou de fascista. Ex-comandante da FAB disse que Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro.

Procurada por meio de sua assessoria, Carla Zambelli negou que tenha solicitado apoio para um golpe de Estado. “A deputada esclarece que desconhece os fatos envolvendo essa minuta, reiterando que igualmente jamais anuiria, pediria ou solicitaria algo irregular, imoral ou ilícito. Ademais, não se recorda desse fato reportado e, se porventura pediu acolhimento, o fez por causa da derrota nas eleições, apoio que seria perfeitamente plausível naquele momento”.

De acordo com o depoimento de Baptista Júnior, seis dias depois, em 14/12, ocorreu uma reunião no Ministério da Defesa. No encontro, o então ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira teria apresentado a minuta do decreto presidencial que serviria como sustentação jurídica para o golpe e tentou pressionar os comandantes das Forças a aderir ao movimento. O encontro ocorreu na mesma semana em que Lula foi diplomado como vencedor da eleição presidencial.

De acordo com a PF, o então comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos, foi o único que se colocou à disposição para cumprir as ordens do decreto. Baptista Júnior disse que, após a reunião, começou a receber ataques por meio das redes sociais, sendo chamado de “melancia” e “traidor da pátria”.

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