Criminoso baleado em presídio de Canoas aguarda atendimento por 1 hora: suspeita de arma por drone e tensões entre facções

Criminoso baleado em presídio de Canoas aguardou por 1 hora o atendimento do Samu, segundo a Prefeitura da cidade. O Jackson Peixoto Rodrigues, de 41 anos, também conhecido como “Nego Jackson”, foi executado por outro detento na Penitenciária Estadual de Canoas. O episódio chocante evidencia tensões entre organizações criminosas dentro do sistema penitenciário gaúcho.

O Samu foi acionado às 17h40 e chegou ao presídio em Canoas às 17h55, porém o primeiro atendimento aconteceu somente às 18h50. Posteriormente, Jackson foi transferido para o Hospital Nossa Senhora das Graças, onde veio a falecer às 22h. A prefeitura não explicou o motivo da demora e orientou a consulta à administração da penitenciária para esclarecimentos.

A suspeita de que a arma utilizada no crime tenha sido introduzida no presídio por um drone adiciona um nível de complexidade ao caso. O preso morto, Jackson, chegou ao RS em 2020 após ser capturado no Paraguai em 2017. Ele foi identificado como líder de uma facção criminosa e tinha ligações com diversos homicídios, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Em uma carta escrita à mão um dia antes do assassinato, Jackson solicitou sua transferência da prisão de Canoas devido a preocupações com a segurança. O governo confirmou a existência do documento e afastou cinco servidores da penitenciária, incluindo o diretor da unidade. O vice-governador Gabriel Souza pediu uma investigação rigorosa do caso.

A demora no atendimento médico ao criminoso baleado reacende debates sobre a segurança e a eficiência do sistema prisional no Rio Grande do Sul. O governador em exercício destacou a necessidade de uma apuração isenta e célere, visando a transparência e justiça. A entrada da arma por drone e as tensões dentro do presídio demonstram a complexidade do crime organizado nas instituições penais.

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Mulher resgatada após cárcere privado pelo companheiro: o que se sabe sobre o caso no Paraná

Após denúncia e pedido de socorro, mulher mantida em cárcere privado pelo companheiro no Paraná é resgatada

Vítima estava com ferimentos em diversas partes do corpo. Homem tem histórico criminal de violência doméstica e estupro.

Uma mulher de 24 anos foi mantida em cárcere privado pelo companheiro em Sarandi, no norte do Paraná, de acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM). Ela foi resgatada após uma denúncia, nesta quinta-feira (26).

Em entrevista à RPC, Fábio Berti, supervisor da GCM de Sarandi, explicou que a denúncia foi feita por uma pessoa que conhece a mulher. A mesma pessoa estava esperando os guardas municipais em frente à casa da vítima, no Parque Residencial Nova Aliança.

Na casa, o supervisor conta que encontraram um quarto trancado. Eles ouviram a mulher pedindo socorro de dentro do cômodo, momento em que arrombaram a porta.

A vítima foi encontrada deitada em um sofá, com ferimentos no rosto, braços, tórax e pernas. O homem se escondeu entre roupas e móveis que estavam no local, antes de tentar agredir os guardas, segundo a GCM.

Ele foi atingido por um disparo de arma de choque e depois imobilizado.

A GCM informou que o homem, que não teve a identidade divulgada, agrediu a mulher usando diversos objetos, como fios. Ele também ameaçou matá-la usando uma picareta, que foi encontrada em cima da mesa do cômodo em que ela estava trancada.

Ele foi preso em flagrante. Não foi informado há quantos dias a vítima estava sendo agredida e mantida em cárcere privado.

O homem tem histórico criminal de violência doméstica, estupro e resistência à prisão. A vítima já teve uma medida protetiva contra ele, mas retirou. O supervisor da GCM também disse em entrevista que vizinhos relataram que não escutavam gritos ou pedidos de socorro.

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