Bolsonaro e Cid mais preocupados com minuta do golpe do que com Torres: relatório da PF

Bolsonaro e Cid estavam mais preocupados com a minuta do que com Torres

As investigações da PF apontam que após a apreensão da minuta do golpe e a prisão preventiva de Torres, Cid e Bolsonaro trocaram mensagens. O relatório final da investigação da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe apontou que o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro ficaram mais preocupados com a apreensão da minuta do golpe, no dia 10 de janeiro de 2023, do que com a prisão do ex-ministro e ex-secretário de Segurança Pública do DE, Anderson Torres.

No dia 10 de janeiro de 2023, a PF apreendeu na residência de Torres a minuta do golpe. Após a divulgação da prisão pela imprensa, Mauro Cid teria trocado mensagens com Bolsonaro sobre o assunto. O relatório da PF traz que Bolsonaro encaminhou um link de uma reportagem intitulada, “PF encontra na casa de ex-ministro minuta para Bolsonaro mudar resultado da eleição” para Mauro Cid. As investigações apontaram que, mesmo com a prisão preventiva de Torres decretada, Cid e Bolsonaro estavam mais preocupados com a minuta do golpe apreendida.

O relatório final da investigação da Polícia Federal (PF) terminou com 37 indiciados por golpe de Estado. O sigilo do documento foi retirado e divulgado nesta terça-feira (26/11). Segundo o relatório, diversas reuniões foram realizadas entre integrantes do núcleo jurídico com o então presidente Jair Bolsonaro para definição do escopo das medidas que subverteriam o Estado Democrático de Direito.

Apesar de ter sido decretada na ocasião a prisão preventiva de Anderson Torres, as trocas de mensagens evidenciam que os investigados estavam mais preocupados com a minuta de decreto apreendida. Conforme identificado no decorrer da investigação, foram realizadas várias reuniões entre integrantes do núcleo jurídico com o então presidente Jair Bolsonaro para definição do escopo das medidas que subverteriam o Estado Democrático de Direito.

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PL orienta bancada a votar contra mudanças no Fundo Constitucional do DF: Lula defende alterações, Ibaneis pede apoio.

O Partido Liberal (PL) enviou, nesta quarta-feira (4/12), orientação a sua bancada de parlamentares solicitando que votem contra as mudanças no cálculo do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). O indicativo é ordem do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, e do líder do partido na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ). Por outro lado, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu as alterações no FCDF.

“O governador de Brasília ficou irritado porque na coisa nova que a gente quer fazer do dinheiro, a gente tirou o IPCA. Porque não era possível ele receber mais do que os outros estados. Aliás, já é o estado que recebe mais se comparado a qualquer outro. Então, aos poucos, a gente vai tentando fazer este país voltar à normalidade”, afirmou Lula nesta quarta-feira (4/12).

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pediu a compreensão dos brasileiros em relação ao Fundo Constitucional do DF. O chefe do Executivo local defendeu que o recurso não é um favorecimento à capital federal e, sim, uma necessidade.

“Tem que ter a compreensão de todos os brasileiros que prejudicar Brasília é prejudicar o país”, declarou ao sair de uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), nesta quarta-feira (4/12). Ele estava acompanhado da vice-governadora Celina Leão (PP) e de parlamentares da bancada do DF.

Ibaneis e diversos deputados e senadores do DF buscam apoio de outras bancadas para reverter a proposta do Governo Federal em mudar o cálculo do reajuste anual do FCDF. Mais cedo, a bancada do Distrito Federal na Câmara dos Deputados apresentou um projeto de lei que impede a mudança na base de cálculo do FCDF. O Projeto de Lei apresentado por seis deputados federais da capital do país suprime o artigo 7 do Projeto de Lei nº 4.614, trecho que trata do fundo no pacote fiscal do governo federal.

Assinam a proposta os deputados federais Fred Linhares (Republicanos), Julio Cesar Ribeiro (Republicanos), Gilvan Máximo (Republicanos), Alberto Fraga (PL), Bia Kicis (PL) e Rafael Prudente (MDB). Líderes do União Brasil, MDB e PP se posicionaram contra a proposta de mudança do Fundo Constitucional do DF. Atualmente, o valor do FCDF é definido a partir da variação da receita corrente líquida. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propõe que o reajuste seja calculado a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A estimativa do GDF é a perda de R$ 12 bilhões nos próximos anos, caso a mudança seja aprovada.

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