Baptista Júnior acusa Zambelli de pressioná-lo por golpe na FAB; deputada nega

Paulo Cappelli

Tenente-brigadeiro Baptista Júnior, que comandou a FAB no governo Bolsonaro, disse à PF que Zambelli o pressionou por golpe; deputada nega

Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) durante a suposta articulação de golpe de Estado, o tenente-brigadeiro Baptista Júnior afirmou à Polícia Federal (PF) que foi pressionado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP) a aderir a plano para manter o então presidente Jair Bolsonaro na Presidência. O depoimento consta no relatório encaminhado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes à Procuradoria-Geral da República nesta terça-feira (26/11).

Diz o documento: “Baptista Júnior relatou que as pressões para anuir ao golpe de Estado ultrapassaram as redes sociais. O depoente disse que, no dia 08/12/2022, após a formatura dos aspirantes à oficial da FAB, na cidade de Pirassununga (SP), foi interpelado pela deputada federal Carla Zambelli com a seguinte indagação: ‘Brigadeiro, o senhor não pode deixar o Presidente Bolsonaro na mão’. O depoente afirmou que entendeu que a deputada estava propondo que aderisse a um ato ilegal”.

O tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, Almirante Gariner, chefe da Marinha sob Bolsonaro, foi indiciado pela PF. Deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) é condenada por divulgar número telefônico de mulher que a chamou de fascista. Ex-comandante da FAB disse que Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro.

Procurada por meio de sua assessoria, Carla Zambelli negou que tenha solicitado apoio para um golpe de Estado. “A deputada esclarece que desconhece os fatos envolvendo essa minuta, reiterando que igualmente jamais anuiria, pediria ou solicitaria algo irregular, imoral ou ilícito. Ademais, não se recorda desse fato reportado e, se porventura pediu acolhimento, o fez por causa da derrota nas eleições, apoio que seria perfeitamente plausível naquele momento”.

De acordo com o depoimento de Baptista Júnior, seis dias depois, em 14/12, ocorreu uma reunião no Ministério da Defesa. No encontro, o então ministro Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira teria apresentado a minuta do decreto presidencial que serviria como sustentação jurídica para o golpe e tentou pressionar os comandantes das Forças a aderir ao movimento. O encontro ocorreu na mesma semana em que Lula foi diplomado como vencedor da eleição presidencial.

De acordo com a PF, o então comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos, foi o único que se colocou à disposição para cumprir as ordens do decreto. Baptista Júnior disse que, após a reunião, começou a receber ataques por meio das redes sociais, sendo chamado de “melancia” e “traidor da pátria”.

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Traficante envolvido em três assassinatos é preso após cinco anos foragido

Envolvido em três assassinatos é preso após cinco anos foragido

Traficante está envolvido na morte de três pessoas que faziam parte de grupo rival. Gangues disputavam controle de drogas em Padre Bernardo, DE Distrito Federal

Foragido desde 2019, foi preso o traficante que disputava controle de ponto de vendas em Padre Bernardo, no Entorno do Distrito Federal. Ele estaria envolvido em três homicídios de rivais. A prisão ocorreu nessa segunda-feira (25/11) em Mimoso de Goiás.

De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o suspeito tentou fugir em uma moto, mas foi perseguido e contido pela equipe que fazia a operação. As investigações foram feitas pela equipe do Grupo de Investigações de Homicídios de Águas Lindas de Goiás, que realizou a captura.

De acordo com o delegado Vinicius Máximo, o suspeito é de uma família influente em Mimoso de Goiás, que o abrigava e o acolhia dificultando as operações de prisão.

O suspeito era considerado perigoso e estava envolvido em disputas violentas. Desde o crime em 2019, membros dos dois grupos rivais foram identificados e preso. O único que faltava até então, segundo a polícia, era o suspeito preso na segunda.

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