Manifestantes invadem Câmara do Rio em protesto contra projeto de lei educacional

Manifestantes invadem plenário da Câmara do Rio contra projeto de lei que altera benefícios de professores

Os vereadores decidiram encerrar a sessão por conta do tumulto nesta terça. Categoria reivindica o arquivamento do projeto de lei que pode mudar o plano de carreira da categoria, alterando benefícios como férias e a licença especial, conhecida como licença-prêmio.

Manifestantes invadem a Câmara durante votação de projeto de lei sobre educação

Servidores da educação, que faziam uma manifestação contra um projeto de lei que pode mudar benefícios dos professores na Prefeitura do Rio, invadiram o Plenário da Câmara do Rio, na Cinelândia, na noite desta terça-feira (26). A sessão foi encerrada depois da invasão, e a maior parte dos vereadores deixou o local.

Pouco depois das 19h, servidores entraram no plenário da Câmara com cartazes e gritando para que o projeto de lei complementar do prefeito Eduardo Paes seja retirado de votação.

A categoria reivindica o arquivamento do Projeto de Lei 186/2024, que amplia a quantidade de aulas para os professores, e poderia ser votado nesta terça na Câmara. Por conta do tumulto, os vereadores decidiram encerrar a sessão. O PL só deve entrar em votação na próxima quinta-feira (28).

A proposta pode mudar o plano de carreira da categoria, alterando benefícios como férias e a licença especial, conhecida como licença-prêmio.

Policiais militares reforçam a segurança em frente à sede do legislativo municipal.

Professores e funcionários das escolas do município também exigem a revogação da Lei 8666/2024, que aumenta para até 6 anos os contratos temporários na rede.

No início da tarde desta terça, o presidente da Câmara, Carlos Caiado (PSD), apresentava o projeto para os vereadores. Os parlamentares contrários ao projeto tentam mudar alguns pontos polêmicos, entre eles: revogação da licença especial, alteração do cálculo da hora-aula, ampliação da renovação dos contratos temporários, suspensão da contagem do estágio probatório durante licenças e afastamentos.

Na segunda-feira (25), um protesto de servidores na frente da sede da Prefeitura terminou com bombas e confronto. Pela manhã, 2 mil profissionais da categoria decidiram votar a favor de uma greve por tempo indeterminado. Houve tentativa de bloqueio na Avenida Presidente Vargas, e um professor foi detido por resistência pela PM e levado para a delegacia.

Ainda de acordo com o Sepe, está prevista para a sexta-feira (29) uma nova assembleia da categoria. A Prefeitura do Rio informou que a Secretaria Municipal de Educação tem feito diversas reuniões, de forma constante, com o sindicato dos professores. Disse ainda que a rede municipal seguirá o planejamento normal do calendário letivo, sem alterações.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Defesa de Ludmilla recorre da absolvição de Marcão do Povo em caso de racismo

A defesa de Ludmilla recorrerá da absolvição de Marcão do Povo em um caso de racismo, após o apresentador chamar a cantora de ‘pobre macaca’. No ano passado, Marcão foi condenado a 1 ano e 4 meses de prisão em regime aberto, além de ser obrigado a pagar uma indenização de R$ 30 mil à cantora. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reverteu a decisão na semana passada.

A decisão de absolver Marcão do Povo foi assinada pela ministra Daniela Teixeira e a defesa de Ludmilla, representada pelos advogados Rafael Vieites, Felipe Rei e Bernardo Braga, já afirmou que irá recorrer. A condenação inicial foi realizada pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, após um recurso apresentado pela defesa da cantora.

Os advogados de Ludmilla confiam que o colegiado do STJ reverterá a decisão, considerando a conduta do acusado como criminosa e preconceituosa. Eles acreditam que esta é uma importante luta contra o racismo no país e não podem permitir um retrocesso nessa questão. Entre as punições previstas estavam prestação de serviços comunitários e pagamento de valores a instituições sociais.

Marcão do Povo foi acusado pelo Ministério Público do DF por injúria racial após o episódio em que chamou Ludmilla de ‘pobre macaca’ em 2017. Apesar de ter sido absolvido pela 3ª Vara Criminal em primeira instância em março deste ano, a defesa da cantora continuará lutando por justiça. Nas redes sociais, Ludmilla agradeceu o apoio do público e reafirmou sua determinação em não desistir dessa luta.

A atitude de Marcão do Povo gerou revolta e mobilizou não só os fãs da cantora, mas também diversos movimentos e organizações de combate ao racismo. A discussão sobre a importância de combater o preconceito racial e garantir a igualdade de tratamento para todos continua sendo um tema relevante e urgente em nossa sociedade. A esperança é de que a justiça seja feita e que casos como esse sirvam de alerta para que atos de discriminação não sejam tolerados.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp