“Isolamento de preso em cadeia gaúcha gera polêmica após morte: Conheça o caso de Nego Jackson”

A Justiça do Rio Grande do Sul autorizou o isolamento do preso Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido como Nego Jackson, na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) para preservar sua segurança. No entanto, a decisão foi emitida apenas duas horas após um ataque a tiros que resultou na morte de Jackson, que era o chefe de uma organização criminosa. Em uma carta escrita um dia antes do ocorrido, o detento havia solicitado a transferência para outra cadeia devido ao medo de um ataque de uma organização rival.

De acordo com informações divulgadas pela jornalista Rosane de Oliveira, do Grupo RBS, o desembargador João Batista Marques Tovo assinou o habeas corpus em favor de Jackson. O detento tinha conexão com 29 homicídios, atuando como mandante ou executor desses crimes. A decisão judicial recomendava que a direção da Pecan afastasse Jackson do convívio com a facção criminosa rival e, se necessário, o isolasse em uma cela de segurança para garantir sua integridade física.

Na carta escrita pelo preso, ele relatava o temor em relação às falhas de segurança na prisão, especialmente por estar próximo de membros de uma organização criminosa rival. Jackson expressava preocupação com a possibilidade de se tornar uma vítima caso permanecesse no mesmo ambiente que seus inimigos. O documento detalhava a proximidade do detento com integrantes da facção rival através de uma portinhola, que foi o meio utilizado para os disparos que o atingiram.

O vice-governador Gabriel Souza informou que tomou conhecimento da existência da carta na segunda-feira e determinou o afastamento do servidor que a teria recebido, juntamente com o diretor da Pecan e outros três funcionários. Os advogados de Jackson, Jader Santos e Cassyus Pontes, afirmaram que a transferência do preso para a Pecan ocorreu sem prévia notificação à defesa, e que medidas foram tomadas para alertar as autoridades sobre o risco que o detento corria.

Jackson Peixoto Rodrigues, de 41 anos, era apontado como chefe de uma organização criminosa no Rio Grande do Sul. Com ligação em 29 homicídios, incluindo casos de decapitação e esquartejamento, o detento possuía antecedentes criminais por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Sua morte levantou questionamentos sobre a segurança no sistema prisional e a eficácia das medidas adotadas para proteger detentos em situações de risco.

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Operação da PF combate fraudes bancárias eletrônicas em 7 estados

Operação da Polícia Federal deflagra combate a fraudes bancárias eletrônicas no Rio Grande do Norte e em outros seis estados. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Minas Gerais, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A ação da Polícia Federal, realizada nesta quarta-feira (27), visa desmantelar esquemas criminosos envolvidos em fraudes bancárias eletrônicas. Segundo as autoridades, houve um aumento significativo da participação de indivíduos em esquemas fraudulentos nos últimos anos.

Segundo a PF, indivíduos estão emprestando suas contas bancárias para receber dinheiro de golpes e, em troca, recebem uma compensação financeira. Essas pessoas são popularmente conhecidas como “laranjas”.

No Rio Grande do Norte, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade de São Gonçalo do Amarante. A investigação visa apurar crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

A operação, intitulada ‘Não seja um laranja’, contou com o apoio da Febraban, Zetta, Abranet e seus bancos e instituições afiliadas. As penas para os crimes investigados podem ultrapassar 20 anos de prisão.

O sistema do Banco Central oferece uma oportunidade para as vítimas de golpes do PIX recuperarem seus prejuízos. A ação visa combater essas práticas fraudulentas e garantir a segurança financeira dos cidadãos.

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