Profissionais de Educação estão em peso nas ruas do Rio de Janeiro, reivindicando o arquivamento do projeto de lei que propõe mudanças no plano de carreira da categoria. O Projeto de Lei 186/2024, apresentado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), é o principal alvo dos protestos, já que visa alterar benefícios como férias e a licença especial, conhecida como licença-prêmio. A alteração proposta pode impactar diretamente na rotina e nos direitos dos professores da rede municipal de ensino.
Diante dessa situação tensa, professores e demais funcionários das escolas da rede municipal decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira (25). Uma das principais demandas dos manifestantes é o arquivamento do PL 186/2024, que prevê um aumento na carga horária dos professores, além da extinção da licença-prêmio e da possibilidade de fracionar as férias em até três vezes. As mudanças propostas pela prefeitura podem impactar significativamente na vida desses profissionais.
Durante a votação do projeto de lei na Câmara Municipal do Rio, manifestantes invadiram o plenário, gerando um clima de tensão e conflito. Com cartazes e palavras de ordem, os servidores da Educação exigiam que o projeto fosse retirado de votação, enquanto pediam uma reunião com o prefeito Eduardo Paes. A sessão precisou ser encerrada e a Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança no local.
Entre as principais reivindicações dos manifestantes está a revogação da Lei 8666/2024, que amplia o tempo de contratos temporários na rede municipal de educação para até 6 anos. Além disso, o protesto em frente à Prefeitura do Rio terminou em confronto e detenção de um professor. Mesmo diante das manifestações, a Prefeitura informou que segue com o planejamento normal do calendário letivo, sem previsão de alterações.
Com a greve em curso e a pressão dos profissionais da Educação, a expectativa é que novas negociações sejam realizadas entre a categoria e representantes do poder público. A luta dos professores e servidores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro continua em busca de garantir seus direitos e melhores condições de trabalho em meio às mudanças propostas pelo PL 186/2024. A mobilização e resistência desses profissionais são fundamentais para a defesa da educação pública de qualidade no município.