Palmeiras x Botafogo: Caos, Acaso e Emoções em Jogo Decisivo

O caos, o acaso e a vida em Palmeiras x Botafogo

Jogo, liderança e talvez o título são decididos em sucessão de episódios
caóticos que explicam por que o futebol se aproxima da vida

Palmeiras 1 x 3 Botafogo | Melhores Momentos | 36ª Rodada | Brasileirão 2024

José Miguel Wisnik, no livro “Veneno Remédio”, defende que o futebol se
diferencia por ter um “tempo mais distendido, alargado e contínuo” do que os
demais esportes, permitindo “uma margem narrativa que admite o épico, o
dramático, o trágico, o lírico, o cômico, o paródico”.

Sergio Rodrigues, no romance “O Drible”, cria uma cena inesquecível em que o pai
mostra para o filho uma série de lances, um pior do que o outro, do jogo entre
Brasil e França na Copa do Mundo de 1958. É uma das maiores partidas da
história, mas o pai prefere exibir aquilo que ela teve de ordinário. Quando o
filho pergunta por quê, ele responde: “Não é o pior pedaço. É a vida. O jogo
normal. Futebol é assim: o caos”.

O tempo distendido, sem interrupções contínuas, aproxima o futebol da vida – o
mesmo que faz essa constante dança entre tédio e espanto, esse permanente
ziguezague entre a beleza e a dor. É o caos: a sucessão de pequenas decisões que
determinarão se sairemos de casa em uma manhã qualquer para descobrirmos nosso
grande amor ou para sermos atingidos por um ar-condicionado que despenca do
vigésimo andar. “Football is life”, ensina outro pensador, o adorável Dani Rojas
da série Ted Lasso.

Fiquei pensando nisso tudo ao ver Palmeiras x Botafogo, o jogaço valendo a
liderança (e talvez o título) do Campeonato Brasileiro. O Botafogo tem um ótimo
time, jogou o futebol mais bonito do país no ano e merece ser campeão, da mesma
forma que o Palmeiras, com toda sua competência, organização e resiliência. E
quando eles se encontraram, o jogo foi decidido por uma sucessão de acasos – o
caos, a vida.

O Botafogo abriu o placar em um escanteio marcado de forma equivocada pela
arbitragem. Na cobrança, Gregore ocupou um espaço na área por pensar que se
tratava de uma jogada ensaiada, mas na verdade era outra, e ele não deveria
estar lá. Mas estava, e foi nele que a bola foi parar, e foi ele que completou
para o gol.

Veio o segundo tempo, o Palmeiras tentava reagir, o Botafogo conseguia manter o
jogo sob relativo controle, e aí Marcos Rocha resolveu dar um tapa em Igor
Jesus. Foi expulso. Instantes depois, explorando justamente o vazio daquele
espaço que o lateral ocupa em campo, antes que Abel Ferreira pudesse colocar
alguém por lá, o Botafogo fez o segundo gol, com Savarino. E ainda faria o
terceiro, com Adryelson, que só estava em campo porque Bastos se lesionou.

E se não fosse aquele escanteio? E se Gregore não tivesse entendido errado a
jogada ensaiada? E se Marcos Rocha não tivesse sido expulso? E se Bastos não
tivesse se lesionado? Que espetáculo de esporte.

O caos seguirá presente na próxima rodada, a penúltima, que pode terminar com o
Botafogo campeão (não será surpresa) ou com o Palmeiras novamente líder (não
será surpresa). O clube carioca terá jogo duríssimo, fora de casa, contra o
Inter, o melhor time do returno – e que ainda tem esperança de título. O clube
paulista não terá vida muito mais fácil: encara o Cruzeiro no Mineirão.

Antes disso, o Botafogo viverá a final da Libertadores, sábado, contra o
Atlético-MG, em mais um jogo para a eternidade – e que sempre poderá ser
decidido por uma deliciosa sucessão de acasos, por esse caos que aproxima o
futebol da vida.

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Vasco anuncia retorno de jovens talentos para temporada 2025 e reforça elenco com foco no Campeonato Carioca

O goleiro Alexander, que estava emprestado ao Ypiranga-RS, retornou ao Vasco e logo em seguida foi cedido ao Bangu para a temporada de 2025. Com apenas 25 anos, Alexander não faz parte dos planos do Vasco e acabou sendo emprestado novamente. A notícia do novo empréstimo foi divulgada inicialmente pelo “Canal do Pedrosa”, e o jogador já está participando dos treinos com o Bangu para se preparar para o Campeonato Carioca do próximo ano. Seu contrato com o Ypiranga-RS encerrou em 14 de novembro, e agora ele terá a oportunidade de mostrar seu potencial no novo clube até setembro de 2025.

Outro jogador que está retornando ao Rio de Janeiro é Cauan Barros, volante que estava atuando no Amazonas. Durante sua passagem pelo clube, Cauan disputou diversas competições, totalizando 32 jogos, dois gols marcados e uma assistência. Ele se despediu do Amazonas esta semana e deverá voltar ao Vasco após o encerramento do seu empréstimo. Com apenas 20 anos, Cauan possui contrato com o Vasco até dezembro de 2026, mostrando que o clube acredita em seu potencial para o futuro.

O retorno de Alexander e Cauan Barros ao Vasco pode representar uma oportunidade para ambos os jogadores se destacarem e conquistarem seu espaço no futebol carioca. Com a temporada de 2025 se aproximando, os dois atletas terão a chance de mostrar todo o seu talento e contribuir para suas equipes durante as competições que virão pela frente. O empréstimo de jogadores é uma prática comum no futebol brasileiro, permitindo que jovens talentos ganhem experiência em diferentes clubes e competições.

A movimentação de jogadores no mercado de empréstimos é constante, e o Vasco tem buscado estratégias para fortalecer seu elenco e dar oportunidades a jogadores que se destacam em clubes parceiros. O retorno de Alexander e Cauan Barros ao Rio de Janeiro demonstra o compromisso do clube em investir em sua base e em jogadores promissores. Com uma gestão eficiente e projetos bem definidos, o Vasco busca se firmar como um dos principais clubes formadores de talentos no cenário nacional.

A torcida vascaína, sempre presente e apaixonada, acompanha de perto as movimentações do clube e a chegada de jogadores que podem representar o futuro da equipe. Com os desafios que se aproximam, como o Campeonato Carioca e as demais competições, a expectativa é alta para que o Vasco possa conquistar bons resultados e dar orgulho aos seus torcedores. A união entre clube, jogadores e torcida é fundamental para alcançar os objetivos e manter viva a tradição e história do Vasco da Gama no futebol brasileiro.

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