Prevenção do AVC: importância do controle da hipertensão artérial

Hipertensão está entre os principais fatores de risco para o AVC. Pesquisa publicada na revista Neurology ressalta a importância das ações de controle da hipertensão para se prevenir contra o AVC. O acidente vascular cerebral (AVC) ocorre com o entupimento ou rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro. Tal condição provoca uma paralisia na área cerebral que ficou sem circulação sanguínea, resultando em possíveis incapacitações. Por isso, é fundamental atentar-se aos sintomas e buscar atendimento médico imediato, aumentando as chances de recuperação e minimizando os danos.

A doença é mais recorrente em homens e possui alguns fatores que se relacionam às manifestações mais graves do AVC. É o caso da hipertensão arterial, do tabagismo e da fibrilação atrial. De acordo com um estudo recente publicado na revista Neurology, as ações de prevenção possuem muita relevância na diminuição do impacto dessas condições na saúde pública. Além disso, o trabalho aponta que certas condições e hábitos se ligam diretamente à gravidade do AVC.

O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico. Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala. O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas.

Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas. Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar. A pesquisa revela uma forte associação entre hipertensão, tabagismo e fibrilação atrial aos casos graves da doença. Os casos se classificam como graves ou leves-moderados com base na escala de incapacidade funcional. Assim, é possível destacar a importância das ações preventivas quando se convive com os fatores de risco.

O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola explica que para reduzir as chances de desenvolver a doença, é fundamental adotar mudanças no estilo de vida. “O AVC é a terceira maior causa de mortes no mundo. Ele ocorre devido ao bloqueio ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. O AVC isquêmico, que representa a maior parte dos casos, ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro é obstruído, geralmente por um coágulo. Já o AVC hemorrágico acontece quando um vaso sanguíneo se rompe, provocando sangramentos no cérebro”.

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Impacto da alta do dólar: inflação, Selic e crescimento econômico em xeque.

Entenda como a disparada do dólar afeta o bolso do brasileiro

Na prática, valorização da moeda americana exerce pressão tanto sobre a inflação como, por tabela, na taxa básica de juros, a Selic

A alta do dólar tem forte impacto na economia – e no bolso dos consumidores. Isso porque, na avaliação de Márcio Holland, professor na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP) e ex-secretário de Política Econômica no Ministério da Fazenda (2011-2014), a disparada da moeda americana tem efeito direto na inflação.

“A tendência é que, com o dólar avançando, os preços das importações subam muito, seja de bens de capital (máquinas e equipamentos), seja de bens de consumo”, diz Holland. “Isso implica menor taxa de investimento, de um lado, e perda de poder de compra das famílias brasileiras, de outro.”

O economista observa que, para conter a pressão inflacionária, aumenta a possibilidade de o Banco Central (BC) elevar ainda mais a taxa básica de juros, a Selic. Há duas semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC subiu a Selic de 11,25% para 12,25% ao ano. O mercado trabalha com estimativas de que a taxa deve chegar a cerca de 15% ao ano no fim de 2025. Algumas casas de análise já falam em 16%. E os juros só devem voltar a cair no Brasil em 2026.

Os juros altos, por sua vez, atuam como inibidores do crescimento econômico. Algo que, na avaliação de economistas, pode afetar não só a inflação, mas os níveis de emprego do país.

TRANSFERÊNCIA ELEVADA

“Assim, são muitos os impactos da desvalorização cambial”, afirma Holland. “Como a economia está aquecida, crescendo acima de seu potencial, a transferência da desvalorização cambial para preços tende a ser elevada. Isso requer mais ações do BC, como leilões cambiais e aumento na dosagem maior de taxa de juros.”

O professor da FGV acrescenta que a deterioração das expectativas está sendo causada pela condução da política fiscal. “Ela tem provocado forte desvalorização cambial e isso acaba impactando em mais pressão sobre a inflação e Selic maior”, diz.

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